Saúde

Vem aí a insulina inteligente que entra em ação só se necessário

Especialistas dos países que desenvolvem a nova insulina acreditam que no futuro os pacientes podem precisar de medicamento apenas uma vez por semana

Por Isabela Oliveira

Cientistas dos Estados Unidos, Austrália e China estão desenvolvendo insulinas inteligentes para diabetes tipo 1. O que elas têm de diferente? Elas respondem às mudanças nos níveis de açúcar no sangue em tempo real. Ao invés de exigir várias aplicações diárias, como a insulina sintética, as GRIs (insulinas responsivas à glicose) imita a resposta natural do corpo às mudanças nos níveis de açúcar, mantendo-os estáveis. Isso significa que o medicamento fica “dormente” no corpo dos pacientes até ser necessário.
As novas insulinas são ativadas de acordo com a quantidade de açúcar no sangue para evitar a hiperglicemia (glicemia alta). Então, elas se tornam inativas novamente quando os níveis caem abaixo de um certo ponto, evitando a hipoglicemia (glicemia baixa). De acordo com especialistas, no futuro, os pacientes podem precisar de insulina apenas uma vez por semana. Dessa forma, o medicamento chega o mais próximo que qualquer outro da cura da cura da diabetes tipo 1.

A expectativa pela novidade é alta, visto que os cientistas receberam milhões de libras em subsídios para acelerar seu desenvolvimento do Type 1 Diabetes Grand Challenge, do Reino Unido. Quase £ 3 milhões foram concedidos a seis diferentes projetos envolvendo insulinas inteligentes. Além da GRI, outro estudo também desenvolveu uma insulina ultrarrápida e de curta ação. Isso porque ainda há um atraso entre a administração do medicamento e a ação na glicose no sangue.

Já o sexto projeto traz uma proteína que combina insulina com o hormônio glucagon. Ele estimula o fígado a liberar mais glicose quando os níveis no sangue estão baixos, ajudando a manter os níveis de glicose no sangue estáveis. A Dra. Elizabeth Robertson, diretora de pesquisa da Diabetes UK, afirma que os projetos podem revolucionar o tratamento da doença.

Isso poderia reduzir significativamente os desafios diários de gerenciar o diabetes tipo 1 e melhorar tanto a saúde física quanto a mental daqueles que vivem com a condição. Estamos esperançosos de que esta pesquisa levará a avanços transformadores no tratamento do diabetes tipo 1”, completou. As informações são do The Guardian.

Fonte: Giz Brasil

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