A chuva de dois milhões de anos que deu início à Era dos Dinossauros
De acordo com os cientistas, esse período de longos temporais ocorreu logo após uma seca bastante severa, há 232 milhões de anos
Por Bob Furuya
Os cientistas acreditam que a Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos. É bastante tempo até chegarmos no nosso 2024. E muita coisa aconteceu nesse período. O Evento Pluvial Carniano é um desses grandes episódios. Imagine viver em um planeta onde a chuva é a regra. A exceção são os poucos dias secos. De acordo com estudos, essa era a realidade de alguns seres que viviam aqui há aproximadamente 232 milhões de anos.
A descoberta desse período ocorreu na década de 1980, quando geólogos identificaram camadas incomuns depositadas em rochas com milhões de anos. Essas evidências apontaram para uma transição rápida entre uma época de muita seca para outra de muita chuva.
Os pesquisadores estimam que essa era de temporais tenha durado algo entre um e dois milhões de anos. Essa foi uma das maiores mudanças climáticas já observadas na Terra e resultou em consequências importantes para o desenvolvimento da vida no nosso planeta.
As erupções foram tão grandes que elas bombearam vastas quantidades de gases de efeito estufa como dióxido de carbono e houve picos de aquecimento global”, disse o geólogo Jacopo Dal Corso ao Everything Dinosaur.
De acordo com os cientistas, o Evento Pluvial Carniano pode ter sido o gatilho que permitiu aos dinossauros dominar a Terra. Não que eles tenham gostado da chuva, mas resistiram a ela melhor do que outras espécies. E, em um mundo em recuperação depois do dilúvio, eles conseguiram expandir seus territórios mais rapidamente. Até porque eram mais fortes.
Vale destacar que outras criaturas também começaram a prosperar depois desse período de temporais, como insetos, crocodilos, lagartos e tartarugas. O fenômeno também pode ter criado o ambiente perfeito para o surgimento de uma vida vegetal diversificada.
É por isso que os cientistas exaltam tanto o Evento Pluvial Carniano. Ele teria sido fundamental para o desenvolvimento da fauna do planeta. Essas conclusões constam em estudo publicado em 2018 na revista Journal of the Geological Society. As informações são do IFL Science.
(Foto: Universidade Estadual da Carolina do Norte/Divulgação)
Fonte: Olhar Digital
