Cientistas descobrem como gerar eletricidade usando isopor
(Foto: RMIT/Divulgação)
O isopor é uma ótima escolha por ser um grande poluente. Agora, ele pode se tornar uma fonte de eletricidade limpa
Por Pablo Nogueira
Cientistas desenvolveram uma maneira de gerar eletricidade estável através do movimento do vento usando pequenos remendos feitos de isopor. A novidade foi criada por cientistas do Instituto RMIT, da Austrália, em parceria com a Universidade Técnica de Riga, na Letônia. A ideia é reduzir o uso de eletricidade ao transformar em energia o isopor de eletrodomésticos e outros aparelhos.
O isopor é uma ótima escolha por ser um grande poluente, mas que pode se tornar uma fonte de eletricidade limpa. Para transformar o isopor em energia sustentável, os cientistas tiraram vantagem da capacidade do poliestireno em gerar eletricidade estática.
Desse modo, os cientistas desenvolveram um isopor que cria ondas estáveis de eletricidade estática ao ser receber correntes de vento. Esse processo físico se baseia no efeito triboelétrico, quando certos materiais ganham ou perdem elétrons durante a fricção. Essa carga elétrica é, geralmente, inofensiva e quase imperceptível.
Mas os cientistas do RMIT perceberam uma oportunidade de usar esse processo junto das habilidades materiais do isopor para gerar eletricidade barata e renovável. Para testar a aplicabilidade, os cientistas posicionaram as tiras de isopor em áreas onde o ar circula naturalmente, como em sistemas HVAC.
Nesses cenários, os remendos de isopor podem transformar o fluxo de ar em uma corrente contínua de pequenas correntes elétricas. Esse processo ajuda a reduzir a alta demanda de energia de unidades de tratamento de ar, sobretudo em prédios.
Segundo Peter Sherrell, professor do RMIT que liderou o experimento, o uso de isopor para gerar eletricidade pode reduzir a demanda de grandes sistemas HVAC em até 5%. Os cientistas revelaram que a tensão máxima que o dispositivo de isopor conseguiu gerar foi de 230 volts, bem próximo do nível da maioria das residências, mas sob um custo muito menor.
Fonte: Giz Brasil
