Saúde

Vacina contra o câncer de mama avança nos EUA

Imunizante foi desenvolvido para combater proteína de lactação presente na maioria dos cânceres de mama triplo-negativos

Por Bruna Barone

Uma vacina que pode ajudar no tratamento contra o câncer de mama ainda em fase de testes apresentou resultados positivos na maioria dos pacientes em que foi aplicada. O estudo começou em 2021 e tem sido conduzido por pesquisadores da Cleveland Clinic e da Anixa Biosciences, nos Estados Unidos.
O imunizante foi desenvolvido para prevenir o câncer de mama triplo-negativo, que representa cerca de 10% a 15% dos cânceres de mama. A doença é duas vezes mais provável de ocorrer em mulheres negras, se espalha mais rapidamente e é mais difícil de tratar, segundo a Sociedade Americana do Câncer.

A equipe do estudo descobriu que a vacina experimental foi geralmente bem tolerada e produziu uma resposta imune na maioria dos pacientes. A fase 2 do estudo vai avaliar a eficácia da vacina e tem previsão de início para 2025, com duração de dois a três anos.

A vacina tem como base uma pesquisa que mostrou que a ativação do sistema imunológico contra a proteína de lactação α-lactalbumina era eficaz na prevenção de tumores de mama. O estudo foi aplicado em camundongos e passou por diferentes fases nos últimos 12 anos.

Agora, os pesquisadores tentam criar um imunizante que tem como alvo justamente a α-lactalbumina, que não é mais encontrada após a lactação em tecidos mamários normais e envelhecidos, mas está presente na maioria dos cânceres de mama triplo-negativos.

A esperança era que esta vacina demonstrasse o potencial da imunização como uma nova maneira de controlar o câncer de mama e que uma abordagem semelhante pudesse um dia ser aplicada a outros tipos de malignidade”, disse G. Thomas Budd, MD, do Instituto do Câncer da Cleveland Clinic e principal pesquisador do estudo de fase 1. “A longo prazo, esperamos que esta possa ser uma verdadeira vacina preventiva que seria administrada a indivíduos que não têm câncer para evitar que desenvolvam esta doença altamente agressiva”.

Fonte: Olhar Digital

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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