Templo ptolomaico de 2.200 anos é encontrado no Egito
Dentro da estrutura, erguida durante o reinado do faraó Ptolemeu VIII, foram encontradas menções à rainha Cleópatra III
Uma equipe conjunta de arqueólogos egípcios e alemães desvendou um templo ptolemaico completo na região oeste do grande Templo de Athribis, na província de Sohag, no Egito. De acordo com os pesquisadores, a edificação foi erguida há cerca de 2.200 anos. A descoberta lança nova luz sobre a arquitetura e os rituais da dinastia ptolemaica, que governou o território egípcio de 303 a.C. a 30 a.C.
De acordo com Mohamed Ismail Khaled, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, a descoberta é “a primeira etapa para revelar os demais elementos do novo templo no local”. A fachada do templo, que foi totalmente escavada, mede 51 metros de largura, dividida em duas torres de 24 metros cada, separadas por um portal central. A inclinação das torres sugere uma altura original de 18 metros, semelhante à do templo de Luxor.
Durante a limpeza do portal principal, foram identificados textos hieroglíficos e relevos que mostram o rei saudando a deusa Repyt, divindade associada a Athribis, e seu filho, o deus infantil Kolanthes. “Os cartuchos encontrados indicam que o portal remonta ao reinado de Ptolemeu VIII, possivelmente o fundador do templo, com menções à rainha Cleópatra III”, afirmou Mohamed Abdel-Badea, chefe da equipe egípcia.
Christian Leitz, líder da equipe alemã da Universidade de Tübingen, acrescentou que foi concluída a escavação de uma sala ao sul do templo, previamente descoberta por arqueólogos britânicos no início do século XX. Essa sala também inclui representações de Repyt e do deus da fertilidade Min, cercados por figuras astrais usadas para medir as horas noturnas.
Além disso, os arqueólogos descobriram uma escadaria de quatro degraus que levava a um andar superior, destruído no ano de 752 d.C. O templo de Athribis e suas redondezas têm sido foco de estudos por mais de uma década, revelando mais de 30 mil óstracos (fragmentos de cerâmica) com inscrições em diferentes idiomas, incluindo demótico e copta.
(Foto: Ministério do Turismo e das Antiguidades do Egito/Divulgação)
Fonte: History Channel Brasil