Desabafar faz bem? Veja o que diz a ciência

Pesquisa revisou 154 estudos para descobrir a efetividade do ato de desabafar
Por Isabela Oliveira

O que você faz para aliviar a raiva? Uma nova pesquisa publicada na revista acadêmica Clinical Psychology Review mostrou que ações como gritar ou socar objetos podem não ser tão terapêuticas quanto pensávamos. E, enquanto a sabedoria popular sugere que desabafar faz bem, de acordo com o estudo, elas podem, na verdade, piorar a situação.
Segundo a pesquisa, quando desabafamos, nos concentramos mais na causa de nossa raiva, o que reforça pensamentos negativos e pode nos manter presos em um ciclo de frustração. Isso acaba reforçando as emoções que se busca aliviar.
Então, como combater a raiva?
No entanto, existe outra forma de combater a frustração: usar a cognição para administrar as emoções negativas. A estratégia psicológica sugere atividades que proporcionem a sensação de calma e gerenciamento da raiva, como respiração profunda, relaxamento, yoga, entre outras.
A pesquisa revisou 154 estudos e testou sua eficácia em alguns tipos de atividades. Os resultados indicaram que atividades de redução da energia, diminuíram a raiva e a agressão, com efeitos duradouros em participantes de diferentes gêneros, raças, idades e culturas.
Por outro lado, na pesquisa, atividades com aumento de energia tiveram resultados distintos, mas ineficazes no geral. Apesar de ser bom para o coração, correr por exemplo, aumentou a raiva. Isso acontece porque, no geral, de acordo com o estudo, exercícios que aumentam a atividade cardiovascular, como luta, natação e andar de bicicleta, tendem a aumentar o enraivecimento.
Outros estudos sobre raiva
A pesquisa recente afirma que, de todas as emoções negativas, a raiva é a que as pessoas têm maior dificuldade para regular. Além disso, é bastante perigosa, podendo até mesmo levar à morte. Isso porque passar raiva mesmo que por apenas alguns minutos pode alterar o funcionamento dos seus vasos sanguíneos, como indicou um estudo anterior.
As causas e sintomas podem ser diferentes para cada pessoa, mas uma pesquisa espanhola já revelou que crianças alérgicas são um dos grupos mais propensos a acessos de raiva e impulsividade. Saiba mais aqui.
Fonte: Giz Brasil