Paleo & Arqueologia

Pegadas de 23 mil anos podem reescrever história do homem

Pegadas nos EUA confirmam movimentação humana na América do Norte antes do esperado

Por Isabela Oliveira

Pegadas preservadas no Parque Nacional White Sands, no Novo México, EUA, podem ter mais de 23 mil anos, de acordo com pesquisadores. Ou seja, 10 mil anos antes do que se acreditava que os humanos existiam na América do Norte. Um estudo de 2023 confirmou a suspeita de que as pegadas teriam 10 mil anos a mais do que se acreditava antes. Inicialmente, estimava-se que elas teriam cerca de 13 mil anos. Entretanto, um estudo de 2021 desmentiu essa possibilidade usando datação por radiocarbono.
Mais tarde, este novo trabalho publicado no periódico Science confirmou a data através de datação de pólen encontrado nas pegadas e na lama. Além disso, a equipe usou luminescência estimulada óptica para observar a radiação de fundo no quartzo. Com isso, a descoberta fornece informações inéditas sobre os movimentos humanos no continente durante o Último Máximo Glacial.

O sítio no Novo México reescreveu os livros de história, pois descobrimos exemplos maravilhosos de atividade humana, a maneira como os humanos interagiam uns com os outros, com a paisagem e com a vida animal ali”, declarou Sally Reynolds, acadêmica em paleoecologia na Universidade de Bournemouth.

De acordo com o professor Matthew Bennett à Smithsonian Magazine, coautor do estudo, as pegadas em White Sands revelam crianças brincando perto de poças, caçadores rastreando uma preguiça gigante e uma jovem carregando uma criança e escorregando na lama.

Havia predadores famintos por perto, incluindo lobos terríveis e tigres-dentes-de-sabre”, descreveu. “Podemos ver onde ela escorregou na lama em certos pontos. Também podemos ver as pegadas da criança onde ela a colocou no chão, presumivelmente porque ela estava cansada e precisava descansar”.

Algumas pegadas podem ser vistas a olho nu, enquanto outras exigem radar de penetração no solo. Futuramente, a equipe espera encontrar novas pegadas, a fim de ampliar seu conhecimento da história da vida na América do Norte.

Fonte: Giz Brasil

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