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Rosa, vermelha ou branca: pesquisa revela que todas as rosas um dia já foram amarelas

Pesquisa genômica mostrou que o ancestral comum das amostras estudadas é uma flor amarela com uma única fileira de pétalas

Rosas de todas as cores, incluindo brancas, vermelhas, rosas e cor de pêssego, que pertencem ao gênero Rosa, possuem um ancestral comum: uma flor de cor amarela e sete folíolos, mostra uma ampla análise genômica realizada por pesquisadores da Universidade Florestal de Pequim, na China, e publicada na revista científica Nature Plants.
Representando quase 30% das vendas no mercado de flores de corte, as rosas são as plantas ornamentais mais cultivadas do mundo e foram domesticadas com sucesso para refletir as preferências estéticas de cada época. Atualmente, há mais de 150 a 200 espécies e mais de 35.000 cultivares com diferentes frequências de floração, fragrâncias e cores. No entanto, as mudanças climáticas levaram os melhoristas de rosas a mudar seu foco de características puramente cosméticas para o cultivo de variedades mais resistentes a fatores de estresse, como seca e doenças, e mais fáceis de cuidar.

Sequenciamento genômico de 205 amostras representando 84 espécies revela a história evolutiva e geográfica do gênero Rosa (Foto: Nature Plants (2025). DOI: 10.1038/s41477-025-01955-5)

Uma compreensão clara da origem e evolução do gênero Rosa, tanto das variedades selvagens quanto das cultivadas, pode auxiliar na conservação de variedades de rosas quase ameaçadas. Com isso em mente, os pesquisadores coletaram 205 amostras de mais de 80 espécies. As amostras foram analisadas usando sequenciamento genômico, genética populacional e outros métodos para rastrear suas características ancestrais, o que os ajudou a mapear a história evolutiva e geográfica e as conexões entre as espécies de rosa.

A reconstrução de características ancestrais mostrou então que o ancestral comum das amostras estudadas era uma flor amarela com uma única fileira de pétalas e folhas divididas em sete folíolos. À medida que as rosas evoluíram e foram domesticadas, elas desenvolveram novas cores, marcas distintas nas pétalas e a capacidade de florescer em cachos. Os pesquisadores destacam que essas descobertas fornecem uma base sólida para a utilização dos recursos selvagens da Rosa, o que pode auxiliar na redomesticação e no melhoramento inovador de rosas modernas.

Fonte: Um Só Planeta

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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