Curiosity encontra teia de pedras que pode mudar história geológica de Marte

“Teia de pedras” encontrada pelo rover Curiosity, da Nasa, pode ser uma formação geológica inédita no Planeta Vermelho; confira os detalhes
Por Isabela Oliveira
O rover Curiosity, da Nasa, encontrou em Marte uma estrutura de boxwork — ou espeleotema em caixa — que é como uma ‘teia de pedras” formada por cristas. Esse tipo de formação geológica, comum em cavernas, se parece com um labirinto de “caixas de correio”. Ela forma-se quando minerais resistentes preenchem rachaduras em rochas.
As imagens em satélite foram vistas pela primeira vez da órbita e o rover liberou câmeras e sensores para registrar seus arredores. O objetivo da exploração é descobrir se as cristas pertencem realmente a uma formação do tipo.
Esta é a nossa primeira chegada a uma potencial estrutura em forma de caixa — uma série de cristas resistentes, semelhantes a teias, visíveis em imagens orbitais, que esperávamos ansiosamente para visitar desde que as vimos pela primeira vez”, escreveu Ashley Stroupe, Engenheira de Operações de Missão no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, no site da agência.
Nasa teve dificuldades com o rover Curiosity em Marte
No entanto, houve um desafio na missão: uma roda dianteira do Curiosity apoiada em uma pedra, podendo fazê-lo escorregar ao mover o braço robótico. Por isso, a Nasa passou a captar o máximo possível de dados científicos remotamente antes de tentar reposicionar o rover. Mas, antes disso, o Curiosity começou usando sua Mastcam para capturar um mosaico abrangente da paisagem ao redor. Essas imagens ajudam a rastrear mudanças no terreno conforme a elevação histórica.
Paralelamente a essas e outras imagens, a Nasa anunciou testes e manutenções mensais da bomba reserva para o HRS (Sistema de Rejeição de Calor). O sistema é um circuito de fluido que distribui o calor da fonte de energia do rover para ajudar a manter os subsistemas em temperaturas razoáveis.
Após isso, a agência informou que o Curiosity daria um salto de 30 centímetros para trás a fim de colocar os alvos científicos de interesse na área de trabalho do braço robótico, oferecendo aos profissionais uma posição segura para desmontar o membro e pousar os instrumentos na superfície.
Além disso, foram registradas informações atmosféricas adicionais, incluindo um grande levantamento de redemoinhos de poeira. Você pode acompanhar o desenvolvimento da missão do rover Curiosity em Marte aqui.
Fonte: Giz Brasil