Saúde

Tecnologia pode detectar lesões na retina antes que sintomas apareçam

O método é considerado fundamental para diagnósticos precoces de problemas que podem levar à perda total da visão

Por Alessandro Di Lorenzo

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que o uso da óptica adaptativa pode identificar danos à retina antes que os primeiros sintomas apareçam. A técnica ainda é pouco difundida no Brasil e permite observar alterações celulares. A partir desta tecnologia é possível gerar imagens da retina com resolução comparável à de análises de microscopia. O método ainda fornece informações muito precisas sobre a densidade e o espaçamento dos cones, algo que os exames convencionais não conseguem captar.
A equipe ainda levou em conta algumas variáveis que pudessem interferir nos resultados, como idade, refração ocular e comprimento axial dos olhos. Isso garantiu uma maior robustez na comparação entre os grupos. As descobertas indicam que o processo de toxicidade retiniana pode começar de forma silenciosa, antes mesmo das primeiras manifestações observadas por exames clássicos. Isso significa que é possível identificar a condição de forma precoce.

Apesar das conclusões dos cientistas, ainda não é possível garantir que os danos identificados na retina possam ser revertidos. No entanto, sem um diagnóstico, a toxicidade pode continuar aumentando, causando a perda total da visão, por exemplo.

Durante o trabalho foram analisadas 18 mulheres usuárias de hidroxicloroquina com dose acumulada superior a 1.600g, sem qualquer sinal de retinopatia nos exames tradicionais. Elas foram comparadas a 18 mulheres saudáveis, sem uso da medicação. Todas as participantes passaram por exames oftalmológicos completos, incluindo mensuração da acuidade visual, comprimento axial dos olhos, refração e dilatação da pupila.

As imagens captadas pela óptica adaptativa foram registradas em dois pontos específicos da retina. Esses locais foram escolhidos por serem os primeiros a apresentar sinais de dano na retinopatia induzida por hidroxicloroquina. As informações são do Jornal da USP.

Fonte: Olhar Digital

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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