A Semana no Brasil e no Mundo — Gastos com viagens no governo Lula chegam a R$ 604,7 milhões em 2025; valor não inclui uso de jatinhos da FAB

Em meio a críticas por excesso de deslocamentos oficiais, o Portal da Transparência atualizou os dados sobre os gastos com viagens do governo federal em 2025. Até 13 de junho, o montante já atinge R$ 604,7 milhões — valor que não contempla os custos com aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), utilizadas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Janja e integrantes dos demais Poderes. Segundo os dados divulgados, R$ 368,6 milhões foram desembolsados com diárias pagas a servidores públicos, enquanto R$ 232,7 milhões correspondem a passagens aéreas. Apenas com viagens internacionais, os gastos já somam quase R$ 92 milhões no ano.
Os números reforçam o perfil viajante da atual gestão. Lula já havia quebrado o recorde histórico de gastos com viagens nos dois primeiros anos do mandato: R$ 2,28 bilhões em 2023 e R$ 2,36 bilhões em 2024 — maior valor registrado desde o início da série histórica do portal.
Embora as viagens sejam justificadas como parte da ‘estratégia de reposicionar o Brasil no cenário internacional e retomar o protagonismo diplomático’, os valores elevados têm gerado críticas, especialmente em um contexto de restrição orçamentária e cobranças por austeridade fiscal. Parlamentares da oposição apontam que, na era das reuniões virtuais e videoconferências, os gastos com deslocamentos físicos poderiam ser significativamente reduzidos. O governo ainda não se manifestou sobre os números atualizados. (Fonte: Hora Brasília)
EUA pedem que América Latina defina ‘de que lado está’ sobre Irã antes da Assembleia da OEA

Por Carlos Magno
O governo dos Estados Unidos pressionou os países da América Latina a definirem “de que lado estão” diante da crescente tensão com o Irã, poucos dias antes da 55.ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que acontece em Antígua e Barbuda.
Durante uma coletiva virtual com a imprensa, uma alta funcionária do Departamento de Estado afirmou que “esta é uma grande oportunidade para que os países da região decidam se apoiarão um regime que é patrocinador estatal do terrorismo ou qual posição adotarão”. A declaração se refere diretamente ao recente bombardeio americano contra três instalações nucleares no Irã, autorizado pelo presidente Donald Trump.
A ofensiva norte-americana já provoca reações divergentes na América Latina. Chile, Colômbia e Brasil condenaram o ataque por considerarem que ele viola o direito internacional e agrava o cenário de violência. Por outro lado, a Argentina expressou apoio aos EUA, enquanto Cuba e Venezuela demonstraram solidariedade ao regime iraniano, seu tradicional aliado na região.
Questionada sobre uma possível resolução da OEA sobre o Irã, a representante americana evitou antecipar qualquer iniciativa formal, mas afirmou que “os acontecimentos do fim de semana devem ser um tema relevante na assembleia”. Ela reforçou que “cada país precisará tomar uma decisão sobre apoiar ou não um regime ligado ao terrorismo”.
A 55.ª Assembleia Geral da OEA, que ocorre de 25 a 27 de junho, será a primeira sob o comando do novo secretário-geral, o surinamês Albert Ramdin. Ele sucedeu o uruguaio Luis Almagro e se torna o primeiro caribenho a liderar a organização. Entre os principais temas da pauta está a crise política e humanitária no Haiti, além das tensões crescentes envolvendo o Irã e a presença geopolítica dos EUA e da China no continente. (Fonte: Conexão Política)
Comissão da Câmara pede que PGR investigue Lula por suposta interferência em apurações da “Farra do INSS”

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um requerimento que solicita à Procuradoria-Geral da República (PGR) a abertura de investigação contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pedido, no entanto, só será formalmente encaminhado caso receba autorização do presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).
Os parlamentares alegam possíveis “abusos na conduta” do chefe do Executivo por declarações feitas sobre investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) no caso conhecido como “Farra do INSS”. A acusação tem como base uma entrevista concedida por Lula em 3 de junho deste ano. Na ocasião, o petista afirmou ter orientado os órgãos de controle a atuarem com “muita cautela” para evitar “crucificações” de entidades envolvidas na apuração.
Segundo o requerimento aprovado, as declarações do presidente configurariam “possível interferência indevida” em investigações em curso, violando princípios constitucionais como legalidade, moralidade e impessoalidade administrativa. A “Farra do INSS” foi revelada pelo portal Metrópoles e é investigada na Operação Sem Desconto. A apuração aponta que entidades teriam aplicado descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, com prejuízo estimado em até R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos.
O documento aprovado pela comissão afirma que a conduta de Lula pode configurar “desvio de finalidade” e “crime de responsabilidade”, elementos que — em tese — poderiam embasar eventual pedido de impeachment. A Presidência da República ainda não se pronunciou sobre o requerimento. A decisão agora depende do comando da Câmara para ser formalmente enviada à PGR. (Fonte: Hora Brasília)
Canadá inclui Brasil em alerta de ‘alto grau’ e pede que todos ‘tenham muito cuidado’

Por Raul Holderf Nascimento
O governo do Canadá atualizou sua recomendação de viagem para o Brasil e passou a orientar seus cidadãos a adotarem um “alto grau de cautela” ao visitarem o país. O alerta foi publicado na plataforma oficial de avisos internacionais do Departamento de Assuntos Globais canadense, que monitora os riscos de segurança ao redor do mundo e fornece orientações a viajantes com base em informações diplomáticas, consulares e de inteligência.
Segundo o informe, o motivo da elevação do status se deve aos “altos índices de criminalidade e incidentes frequentes de gangues e outros tipos de violência em áreas urbanas”. A recomendação aparece em realce, acompanhada de um ícone de alerta amarelo, e inclui a seguinte orientação: “tenha muito cuidado no Brasil devido aos altos índices de criminalidade e incidentes frequentes de gangues e outros tipos de violência em áreas urbanas”.
O nível de alerta adotado pelo Canadá não equivale a uma proibição de viagens, mas representa um grau intermediário de atenção na escala canadense, que possui quatro categorias: “tome as precauções normais”, “tenha um alto grau de cautela”, “evite viagens não essenciais” e “evite todas as viagens”. A classificação atual posiciona o Brasil no segundo nível, o que significa que o governo considera haver riscos relevantes à segurança dos viajantes, exigindo medidas adicionais de precaução.
O alerta não menciona localidades específicas, mas se baseia em ocorrências recorrentes de violência, como assaltos, furtos, sequestros-relâmpago, confrontos armados e a atuação de organizações criminosas em centros urbanos. Cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Salvador costumam ser as mais citadas em relatórios estrangeiros de segurança, embora o aviso canadense tenha caráter nacional.
Medidas desse tipo são comumente adotadas por países que mantêm missões diplomáticas no Brasil e aplicadas para informar seus cidadãos sobre riscos potenciais durante viagens internacionais. Nos últimos anos, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha também emitiram recomendações semelhantes em relação ao Brasil. (Fonte: Conexão Política)
Ministério da Saúde, sob Padilha, é alvo de denúncia no TCU por contratos em dólar que podem gerar prejuízo de R$ 50 milhões

A gestão do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), está na mira do Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeitas de irregularidade em dois contratos milionários para a compra de insulina humana. Segundo denúncia enviada ao órgão de controle, o ministério teria burlado o edital da licitação ao fechar os contratos em dólar com a empresa GlobalX Technology Limited, sediada em Hong Kong — medida que pode gerar um sobrepreço de até R$ 50 milhões aos cofres públicos.
O caso envolve o pregão eletrônico n.º 90104/24, que previa expressamente que os contratos deveriam ser firmados em reais. Apesar disso, o Ministério da Saúde fechou dois contratos no valor de US$ 52,2 milhões cada, totalizando cerca de R$ 600 milhões ao câmbio utilizado (R$ 5,46 por dólar). A conversão eleva significativamente os custos frente à proposta original.
A denúncia sustenta que a contratação em moeda estrangeira viola o princípio da vinculação ao instrumento convocatório e dribla exigências legais. O próprio pregoeiro da licitação, em consulta pública no sistema ComprasGov, confirmou que os valores deveriam ser apresentados e pagos exclusivamente em reais. A empresa vencedora, GlobalX, tem sede em Hong Kong e, segundo informações preliminares, não possui histórico de fornecimento direto ao Sistema Único de Saúde (SUS), o que também levantou alertas entre auditores.
O relator da denúncia no TCU é o ministro Aroldo Cedraz, que já determinou análise preliminar do caso. A depender do parecer técnico, o tribunal poderá determinar a suspensão dos contratos e abertura de processo para apurar eventual dano ao erário. A polêmica se soma ao desgaste recente de Padilha, acusado por opositores de comandar um novo “orçamento secreto” dentro da pasta, com liberação de verbas privilegiando redutos eleitorais de aliados políticos. (Fonte: Hora Brasília)
Tiktoker venezuelano é morto após denunciar vínculo da polícia com o Tren de Aragua

Por Isabella de Paula
Gabriel Jesús Sarmiento, um influenciador digital venezuelano de 25 anos, foi assassinado durante uma transmissão na rede social TikTok, na madrugada de segunda-feira (23). Relatos da imprensa local apontam que pelo menos dois homens armados invadiram a residência do jovem, localizada na cidade de El Piñonal, no centro da Venezuela, e iniciaram os disparos enquanto o público do influenciador acompanhava uma programação ao vivo em seu canal.
O crime aconteceu logo após Sarmiento realizar uma série de denúncias públicas contra membros das gangues criminosas Tren de Aragua e El Tren del Llano, citando um suposto vínculo dos criminosos com a polícia venezuelana. O influenciador comunicou aos seguidores que estava recebendo ameaças constantes do Tren de Aragua, citando o líder da organização criminosa “Niño Guerrero”, e pediu proteção das autoridades. No vídeo, a mãe dele surge gritando e o influenciador envia um pedido de socorro aos serviços de inteligência da Venezuela (Sebin), com seu endereço exato, mas acaba sendo surpreendido com criminosos invadindo sua casa, sem receber qualquer auxílio. (Fonte: Gazeta do Povo)
Deputado quer CPI para investigar se navios iranianos levaram urânio do Brasil

Por Vinícius Sales e Aline Rechmann
O deputado federal Adilson Barroso (PL-SP) protocolou, na segunda-feira (23), um requerimento que busca criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar se navios iranianos obtiveram urânio brasileiro durante sua passagem pelo país em 2023. Para ser instaurada, a proposta precisa contar com 171 assinaturas.
O pedido segue na esteira da guerra entre Irã e Israel. No último dia 12 de junho, o país comandado por Benjamin Netanyahu realizou ataques a instalações nucleares iranianas sob o argumento de que o país vizinho tinha urânio enriquecido suficiente para construir várias bombas nucleares em poucos dias.
O pedido de CPI assinado por Barroso rememora o episódio em que dois navios militares iranianos atracaram no Brasil entre os dias 26 de fevereiro e 4 de março de 2023, no Rio de Janeiro. Na época, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi criticado pela medida. Não constam no pedido indícios concretos de que uma transferência de urânio do Brasil para o Irã tenha ocorrido. O requerimento se baseia na visita dos navios e na intenção de não deixar dúvidas sobre o assunto. Isso porque informações não confirmadas sobre a alegada transferência circularam por redes sociais recentemente. O governo brasileiro nega ter entregue urânio brasileiro ao Irã.
“A combinação da presença destes navios altamente militarizados, a precariedade de controle na autorização e o histórico de abastecimento e retirada de cargas estratégicas pelos mesmos agentes levantam a suspeita fundamentada de que poderiam estar envolvidos no transporte de material nuclear (como urânio) em rotas informais ou clandestinas”, disse o parlamentar ao justificar o pedido de CPI.
Até a publicação dessa reportagem, a assessoria do deputado não havia informado quantas assinaturas havia obtido para o pedido de abertura da CPI. Mesmo que tenha as assinaturas necessárias, a comissão pode enfrentar dificuldades de ser pautada porque a Câmara já tem mais pedidos de CPI do que consegue realizar. O número máximo é de cinco simultâneas. (Fonte: Gazeta do Povo)