“Lua Negra”: entenda o fenômeno que acontece este mês

O termo “Lua Negra”, que não é uma nomenclatura astronômica oficial, é usado para descrever a fase nova em diferentes situações
Por Flavia Correia
Entre os diversos eventos astronômicos de agosto (confira aqui o calendário), no penúltimo sábado do mês (23) o céu servirá de palco para uma raridade: a chamada “Lua Negra”. Esta será a única ocorrência do fenômeno em 2025.
É preciso ressaltar que o termo, surgido recentemente, não tem nenhuma validação científica nem é adotado pela astronomia. Então, o que ele significa?
Há algumas definições para esse fenômeno, entre as quais se destacam:
🔹 A segunda Lua nova em um mesmo mês, o que se dá a cada 29 meses;
🔹 A ausência da Lua nova em fevereiro, o que acontece a cada 19 anos (neste caso, ocorrem duas luas novas em janeiro e março);
🔹 A terceira Lua nova em uma estação que apresenta quatro delas.

É no terceiro conceito que se encaixa o evento deste ano. A maioria das estações tem somente três Luas novas, no entanto, a cada 33 meses, em média, uma delas compreende quatro (que é o caso do inverno de 2025, no hemisfério sul, e do verão, no hemisfério norte).
Neste ano, as duas primeiras luas novas desta estação aconteceram nos dias 25 de junho e 24 de julho. Já a quarta é um pouco controversa, já que é a primeira lua nova da primavera. No entanto, como a primavera começa dia 22 de setembro, e a Lua entra na fase nova dia 21, ainda podemos considerá-la a quarta lua nova do inverno. Na ocasião, a Lua ficará com a sua face iluminada totalmente voltada para o Sol. Enquanto isso, o lado escuro estará voltado para a Terra, o que nos impede de enxergá-la — é daí que vem o nome “Lua Negra”.
Aproveite a “Lua Negra” para observar meteoros

Embora não seja possível ver a Lua nesta situação, o fenômeno oferece uma excelente oportunidade para contemplar o céu noturno, se as condições climáticas forem favoráveis. Isso porque, com a ausência da luz brilhante do satélite natural da Terra, fica muito mais fácil observar estrelas, planetas, entre outros corpos celestes — e até mesmo a Estação Espacial Internacional (ISS)!
Além disso, com sorte, também será possível ver os últimos vestígios da chuva de meteoros Perseidas, ativa entre 17 de julho a 24 de agosto. O pico deste evento acontece na próxima terça-feira (12), quando podem ser vistos até 100 “estrelas cadentes” por hora. No entanto, como a Lua estará 90% iluminada na noite da máxima, muitos meteoros meteoros podem ser ofuscados na ocasião. Um aplicativo de astronomia, como Starwalk, Sky Safari ou Stellarium, pode ajudar a localizar os astros, o laboratório orbital e a constelação de Perseus, radiante da chuva de meteoros Perseidas.
Fonte: Olhar Digital