Saúde

Cura do Alzheimer? Cientistas interrompem avanço da doença em camundongos

Novo estudo usou nanotecnologia para direcionar e restaurar a barreira hematoencefálica, que protege o cérebro de toxinas

Por Alessandro Di Lorenzo

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela perda gradual de funções cognitivas como memória, linguagem e raciocínio. Além disso, ela está ligada a alterações comportamentais e de humor, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar de todos os avanços científicos, não existe uma cura para esta que é considerada a forma mais comum de demência. No entanto, um novo estudo revela caminhos que podem ser seguidos para chegar neste resultado.
Durante o estudo, os cientistas desenvolveram nanopartículas que imitavam uma proteína chamada LRP1, responsável por reagir a toxinas na barreira hematoencefálica. Além disso, modificaram geneticamente os camundongos para que produzissem mais proteínas beta-amiloide, apresentando um declínio cognitivo significativo semelhante ao Alzheimer.

Cada animal recebeu três injeções da nova droga e foi acompanhado por um período de seis meses. Os resultados foram impressionantes. Uma das cobaias “recuperou o comportamento de um camundongo saudável”, aponta o trabalho. Os resultados sugerem que essa abordagem pode ser promissora para encontrar uma cura para o Alzheimer. No entanto, ainda são necessários novos testes para que as nanopartículas sejam consideradas seguras para experimentos em humanos.

Nanotecnologia foi usada para restaurar barreira hematoencefálica
Em trabalho publicado na revista Signal Transduction and Targeted Therapy, pesquisadores conseguiram reverter o progresso da doença em camundongos.
Isso foi possível graças ao uso de nanotecnologia para direcionar e restaurar a barreira hematoencefálica, que protege o cérebro de toxinas e regula a passagem de nutrientes essenciais e a manutenção do ambiente químico cerebral.
Em pessoas com Alzheimer, no entanto, esta barreira fica “entupida”.
A ideia da equipe foi tentar desbloquear esta passagem, permitindo que o “sistema recupere seu equilíbrio”.
A descoberta alimenta a esperança do desenvolvimento de uma cura, embora não seja possível prever quando isso poderia se tornar uma realidade.

Fonte: Olhar Digital

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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