Da autorregeneração à nanotecnologia, seminário do Sindifer apresenta soluções inteligentes contra a corrosão

Christian Canales e Caroline Barreto participaram dos painéis do seminário, que trouxe orientações para empresas da indústria capixaba sobre as novas tecnologias do mercado
Por Assessoria de Comunicação
Quando o assunto é corrosão marinha, ou seja, um dos principais desafios enfrentados por indústrias localizadas em regiões costeiras e litorâneas, inovação e tecnologias de ponta se unem na busca por soluções contra esse desgaste. Este foi um dos temas do 10.º Seminário Espírito-Santense de Corrosão, promovido pelo Sindifer.
A iniciativa chegou à sua décima edição e aconteceu nos dias 15 e 16 deste mês, no Centro de Convenções de Vitória. O evento buscou destacar temas como a competitividade industrial e a segurança operacional da indústria capixaba ligados ao tema da corrosão.
Com o objetivo de apresentar os mecanismos inteligentes que estão revolucionando o controle da corrosão, palestrantes como Caroline Ferreira Barreto, pesquisadora Smart Materiais do ISI Eletroquímica do Senai e do IST; e Christian Canales, gerente galvanizado da BBosch, apresentaram aos participantes um olhar inovador e sustentável sobre o assunto.
Caroline citou revestimentos autorreparadores, ou self healing, constituídos de materiais que têm a capacidade de reparar automaticamente pequenos danos e inibir a corrosão. A pesquisadora apresentou alguns cases de sucesso da ISI Eletroquímica que comprovaram a eficácia da tecnologia.
Os revestimentos inteligentes têm propriedades diferenciadas aos revestimentos comuns. Por exemplo, se o problema de uma indústria é a umidade, vamos fazer com que ele responda à umidade. Se o problema de outra indústria for a temperatura, vamos tratar a questão da temperatura. Então, a depender da condição do meio externo, vamos tratar de um revestimento diferente”, destacou.
Já Christian Canales destacou a importância do processo de galvanização à quente para proteger estruturas metálicas. Aço-carbono e materiais ferrosos são submetidos a tanques de zinco em uma temperatura acima de 450° e criam uma camada revestidora que corrói no lugar do material-base.
O aço não pode estar diretamente exposto ao ambiente. Quando ele se conecta com o zinco, o comportamento é diferente. Então a nossa missão é levar essa cultura da galvanização nos anos à frente”.
Outra frente inovadora no combate à corrosão marinha é o uso da nanotecnologia, que vem se consolidando como uma solução promissora para proteger estruturas expostas à oxidação marinha. Por meio da aplicação de nanomateriais e revestimentos com partículas em escala nanométrica, é possível criar barreiras eficazes contra a penetração de umidade, sal e oxigênio. “O investimento de nanomateriais de carbono tem, sim, um potencial grande neste ambiente corrosivo”, disse Caroline em sua palestra.
Redução de custos e desenvolvimento sustentável
As inovações apresentadas durante o 10.º Seminário Espírito-Santense de Corrosão reforçam como a adoção de tecnologias avançadas contribuem diretamente para a redução de custos operacionais e o aumento da vida útil das estruturas. Para o presidente do Sindifer, Luiz Alberto Carvalho, o seminário busca agregar valor a esse esforço.
A corrosão demanda em torno de R$ 2,5 trilhões de custos no mundo só para a integridade das indústrias ser mantida. Então, as nossas indústrias siderúrgicas, de mineração e celulose, precisam estar o tempo todo fazendo serviços e pesquisas na área de combate à corrosão. O seminário entra nesse contexto de reunirmos um grupo de especialistas, de pesquisadores e de empresas que fornecem e desenvolvem produtos para o combate à corrosão”.













