Paleo & Arqueologia

Manuscritos medievais sobre lenda do Rei Arthur podem mudar interpretação da história

Em julho deste ano, um grupo de pesquisadores lançou um livro que explora diversas descobertas feitas a partir do artefato

Em julho de 2021, um time britânico de pesquisadores das universidades de Bristol e Durham publicou o livro “The Bristol Merlin: Revealing the Secrets of a Medieval Fragment” (Ou, em tradução livre, “O Merlin de Bristol: Revelando os Segredos de um Fragmento Medieval”), que aborda os achados de um intrigante estudo feito por eles.
Segundo repercutido pela revista Galileu, a obra tem como objeto de foco um grupo de sete manuscritos medievais que foram descobertos em meados de 2019 na cidade de Bristol, Inglaterra. Os artefatos, que continham diversos trechos ilegíveis por conta do efeito do tempo, falavam sobre a mágica lenda do Rei Arthur e de seu guia, o mago Merlin.

Fotografia de uma das páginas danificadas (Foto: Divulgação/Don Hooper/Arquivo Pessoal)

Eles foram analisados pela equipe com o auxílio da tecnologia de imagem multiespectral, que faz fotografias a partir de diferentes comprimentos de onda eletromagnética.
Um aspecto que chamou atenção a respeito desses documentos históricos, então, foi sua idade: os papéis eram datados do período entre os anos 1250 e 1275. Seu local de origem, por sua vez, era a França.

“A maioria dos manuscritos do texto que se sabe ter estado na Inglaterra medieval foi composta depois de 1275, então este é um exemplo especialmente antigo (…), especialmente daqueles que encontraram seu caminho da Inglaterra à França na Idade Média”, explicou Leah Tether, uma das envolvidas na pesquisa, em comunicado publicado na Phys Org.

Fotografia feita durante estudo (Foto: Divulgação/Leah Tether/Arquivo Pessoal)

O livro lançado pelos especialistas, que ainda não possui uma edição em português, revela alguns detalhes da história do Rei Arthur, mas de uma maneira diferente da que conhecemos — o que abre espaço para que novas interpretações sejam feitas.
O ferimento infligido na coxa do Rei Claudas, por exemplo, que era o adversário do protagonista, poderia ter sido na verdade apenas uma metáfora para a sensação de imponência, segundo especulado pelos pesquisadores, uma vez que neste manuscrito mais antigo ele não está presente.

Fonte: Aventuras na História

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