O papel de um líder no enfrentamento de uma crise

O Brasil tem enfrentado, nos últimos dias, um dos períodos mais atípicos e caóticos de sua história

Texto: Daniel Louzada

O Brasil tem enfrentado, nos últimos dias, um dos períodos mais atípicos e caóticos de sua história, em virtude da pandemia do Covid-19 (coronavírus). Por essa ocasião, grandes empresas estão com seus espaços físicos fechados, o comércio está comprometido pela queda de movimento e baixo lucro na venda de mercadorias.
A população sofre também com a diminuição do fluxo de transporte rodoviário (algumas cidades adotaram o esquema especial de coletivos urbanos), maneira essa encontrada, para acabar com a contaminação do Covid-19.
Tendo como base esse panorama de extremo alerta, como forma de combate ao vírus, os governantes estaduais têm orientado a população a tomarem medidas de prevenção, como por exemplo: ficar em casa, evitar aglomeração de pessoas em locais púbicos, orientando o isolamento social.

Enfrentar a crise coletivamente

Em contrapartida, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro tem dado declarações polêmicas em suas entrevistas na maioria das vezes, usando a ironia e o sarcasmo como principais ferramentas de respostas aos jornalistas.
Os constantes discursos feitos por Bolsonaro têm trazido não somente a si, mas a toda população brasileira um verdadeiro cenário de confusão de ideias, ocasionando uma falta de equilíbrio, no discurso de quem representa o cargo maior de uma nação.
Segundo o estudante de História, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Igor Pereira, a influência do discurso de uma liderança sobre os seus seguidores ou liderados inferiores, durante períodos críticos, é um importante alvo das análises de historiadores, cientistas sociais e políticos.
Igor ainda ressalta que a falta de liderança, impede a ação conjunta, pois seus apoiadores mais próximos, podem perder a confiança em suas ordens, colocando em risco a sua permanência no poder.
É fundamental, em períodos de crise, por mais caótico que se encontre a situação, manter-se em equilíbrio e buscar ter serenidade mental, a fim de tentar controlar a situação e não colocar os seus liderados em um estado de medo, apavoramento e pânico para todos aqueles que estão debaixo da autoridade de algum líder.
“Em momentos de crise ou estabilidade, a função apaziguadora dos líderes não deve ser confundida com a negação, ou a diminuição dos reais problemas”, destaca Igor.