É Isso Aí — PÕE O CRACHÁ…TIRA O CRACHÁ…PÕE O CRACHÁ… II

Ao decidir que dividiria este imbróglio do Planalto em duas partes, sempre com tomadas e apagadas, tinha razão. Repito, porque me parece que lá quem manda não sabe de nada mesmo!
Sim, porque nas manobras palacianas, principalmente aquelas subterrâneas, nas sombras, madrugadas adentro, produzidas ou provocadas pelo nosso “reizinho” ciumento que nem está aí para a saúde do povo brasileiro, depois de demitir os ministros da pasta da
Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o outro, Nelson Teich, que ficou no cargo menos de um mês, causou, também, a saída de Wanderson Oliveira, ex-secretário de Vigilância em Saúde.
É mole!? Não…não é mole não! É uma catástrofe no ministério que no “olho” deste furacão do coronavírus, teria a obrigação de ter técnicos especializados trabalhando tranquilos sob o comando de um ministro capaz de conduzir o tratamento da doença e, enfim, na procura de uma vacina verdadeira para acabar com este pesadelo.
Claro que o ex-secretário, fulo da vida, cuspindo marimbondos, disse que tinha muitas pedras em seu caminho que o levaram a deixar o cargo. Eu, inocentemente pergunto: quais seriam essas muitas pedras, ou seria “apenas” uma? O “Reizinho” !!!O ex-secretário Nacional de Vigilância em Saúde deixou o Ministério da Saúde após 17 meses no cargo. Ele enviou uma carta de despedida aos servidores da pasta. “Estávamos à frente pelo menos duas semanas em relação aos demais países da Europa e Américas, ampliando a capacidade laboratorial, leitos, EPIs e respiradores. No entanto, como dizia o poeta e conterrâneo Carlos Drummond de Andrade, ‘no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho’”, escreveu em carta endereçada aos colegas de ministério na noite de terça-feira (26).

É bonito isso? Pode até ser, caro Wanderson, mas, também é triste, melancólico, para não dizer outros adjetivos mais fortes, contundentes! É o retrato do Brasil hoje, tentando, no desespero causado por uma doença que MATA DE VERDADE, fomentado por um destemperado presidente.
Oliveira esclareceu que decidiu deixar o cargo após “tensa entrevista coletiva” no dia 14 de abril. Foi nesta data que o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta faltou ao encontro diário com os jornalistas para comparecer a uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro.
No dia anterior, Mandetta tinha concedido entrevista ao programa Fantástico em que exigia unidade de discurso do governo em relação ao isolamento social no País. Bolsonaro, ao feitio de um “João teimoso” sempre se posicionou de forma contrária à quarenta e, na época, chegou a dizer que faltava humildade a Mandetta. Dias depois, Mandetta foi demitido.
Na carta, Oliveira também se referiu ao ex-ministro Nelson Teich, que pediu demissão após pouco mais de um mês no cargo. “O ministro Nelson Teich (…), lamentavelmente, não teve tempo de mostrar seu trabalho, pois novamente ‘tinha uma pedra no meio do caminho’. Nesse curto espaço de tempo, apesar de não me conhecer direito, após duas semanas, efetivamente me convidou para permanecer. Creio que faríamos um ótimo trabalho, mas aí entra o princípio da impermanência”.
Sem citar o novo protocolo sobre uso da cloroquina, alterado pelo ministro da Saúde interino, o general Eduardo Pazuello, após a saída de Teich, Oliveira escreveu que, “sobre a resposta à Pandemia de Covid-19, seria muito bom conhecer o contexto de cada decisão que foi tomada, pois nem tudo que se vê é o que parece, nem tudo que parece é o que realmente é. Há muita história em cada decisão que deve ser contextualizada ao seu tempo”.
Quando eu digo que é triste, é, sim, muito triste continuar vivendo num País cujo povo buscou, nas urnas, um homem que desse a ele um futuroso destino com SAÚDE, PAZ E AMOR AO PRÓXIMO. Mas vejam uma das últimas estatísticas sobre a saúde: no dia 28 de maio, as secretarias estaduais de Saúde confirmam no País 418.608 casos do novo coronavírus, com 25.935 mortes. Pelo menos 191.845 pacientes se recuperaram.

Mas o “reizinho” disse que é um resfriadozinho, não disse? Pois então é seu Bolsonaro!
De última hora o homem pegou uma “bic” e tascou um decreto de quarentena no País, por trinta dias.
E o colapso previsto por Mandetta começa a ser tornar realidade.
Aí vem o Sérgio Moro afirmando que apresentará ao STF provas contra Bolsonaro. E eu lhes digo, será motivo para um terceiro capítulo dessa hilariante, se não fosse tragicômica fase de nossa história?
Moral de tudo isso: Estamos vivendo na terra de Pero Vaz Caminha que disse “Aqui em se plantando tudo dá. Será que dá CARÁTER?
É Isso Aí