Mostra de cinema on-line e gratuita traz filmes do Egito contemporâneo
Promovida pelo CCBB, seleção de 24 longas de ficção e documentários conta com títulos da comédia ao terror que estarão em cartaz até 23 de agosto
Em meio à pandemia, o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) apresenta sua primeira mostra completamente virtual: a 2ª Mostra de Cinema Egípcio Contemporâneo. Disponível até o dia 23 de agosto, a seleção inclui sucessos egípcios da sétima arte lançados entre 2011 e 2019 que agradam fãs de vários gêneros: da ficção aos documentários, do mainstream ao independente, da comédia ao terror.
No total, são 24 títulos selecionados pelo produtor e curador Amro Saad, egípcio naturalizado brasileiro. “Mergulhada no contexto pós 2011, a segunda edição da Mostra apresenta a transformação da indústria cinematográfica egípcia”, afirma Saad, em nota divulgada à imprensa. “Evidencia a quebra de paradigmas e, principalmente, um novo olhar, que coaduna com a luta contínua pelas questões sociais, e avança para o entendimento e a percepção dos egípcios sobre sua própria identidade e estilo de vida. Com isso, soma ao debate dos direitos sociais à conscientização sobre o significado da vida”.
Para acompanhar a mostra, basta cadastrar-se no site. Todos os dias são exibidos dois filmes, sendo que cada um deles tem duas sessões em horários e dias diferentes da programação. Além da reprodução das obras, a mostra também conta com workshops e palestras com artistas envolvidos na produção dos longas, bem como sessões inclusivas (com legenda descritiva ou audiodescrição).
Entre os destaques estão o filme de terror O elefante azul 2 (2019), de Marwan Hamed, o maior sucesso de bilheteria da história do cinema egípcio, e o documentário Joana d’Arc Egípcia (2016), de Iman Kamel, que discute as experiências das mulheres egípcias após a revolução de janeiro de 2011.
Outro sucesso é a comédia Como um palito de fósforo (2014), de Hussein Al Imam, que homenageia as grandes estrelas da Era de Ouro do cinema egípcio. Para conhecer mais sobre a história da sétima arte do Egito, vale conferir o documentário Eu tenho uma foto (2017), de Mohamed Zedan, que conta a evolução do cinema egípcio a partir da trajetória de Motawe Eweis, figurante que trabalhou em cerca de mil filmes desde os anos 1940 até hoje.
“É a primeira vez em nossa história de 30 anos que realizamos uma mostra cinematográfica totalmente on-line e gratuita”, ressalta Sueli Voltarelli, gerente geral do CCBB Rio de Janeiro, também em comunicado.
Além da mostra de cinema, o CCBB organizou uma versão virtual da exposição Egito Antigo: do cotidiano à eternidade, que recebeu mais de 1 milhão de visitantes no Rio de Janeiro e teve seu itinerário interrompido por conta da pandemia. Para visitar a mostra virtual em 360º, é só visitar a página do centro cultural.
Fonte: Revista Galileu