Cultura

V Festival Torta Black

Nomes de destaque da cultura negra nacional participam da quinta edição do festival, que acontece nesta sexta e sábado, dias 5 e 6 de março, com transmissão através do YouTube

Entendendo este cenário que hoje vivenciamos de movimentos antirracistas pelo mundo na luta pela igualdade, o Festival Torta Black, realizado pelo Instituto Manguerê, entra em sua quinta edição com programação 100% on-line nos dias 05 e 06 de março. Uma diversidade de manifestações, atrações e expoentes da cultura negra estarão em destaque durante sete horas de programação, incluindo shows, painéis e performance ao vivo de grafitti. A transmissão será realizada do espaço de eventos Studio Wave, que chegará ao público através do canal Festival Torta Black no YouTube (http://bit.ly/YouTube_FestivalTortaBlack).
O diretor e curador artístico do festival, Fábio Carvalho, destaca que os participantes foram cuidadosamente selecionados e, com o vasto conhecimento que possuem, vão evidenciar muitos pontos importantes a respeito da valorização da cultura negra no Brasil e no mundo.
A CEO do Instituto Manguerê e coordenadora do festival, Alcione Dias, explica que, neste momento delicado de restrição dos eventos presenciais, foi necessário ajustar a programação para que o evento acontecesse, afinal, mais do que nunca as reflexões sobre as diferentes formas de resistência cultural que permeiam as manifestações do povo negro ao longo da história devem ser realizadas.

Música, debates, homenagem e grafitti

Com extensa e completa programação dividida em dois dias de evento, a quinta edição do Festival Torta Black vai contemplar diversos segmentos de manifestações artísticas da cultura negra. Para dar o start do evento, na sexta-feira, haverá a homenagem com entrega do Troféu Lameirão ao Mestre Zé Bento, fundador da primeira banda e congo mirim do Espírito Santo, que será seguida de apresentação da Banda de Congo São Benedito e São Sebastião, de Nova Almeida.
Ainda no primeiro dia de atividades, acontece o painel de abertura “Ancestralidade e Resistência Cultural: Passado, Presente e Futuro”, com as participações de Leonor de Araújo, Maurício Tizumba e Castiel Viturino. O encerramento do dia 05 terá show do artista mineiro Mauricio Tizumba.
O segundo dia de festival já começa com a performance do DJ Zapie e o início do grafitti assinado pela artista plástica Keka Florêncio. Essa ‘dobradinha’ de atividades acontecerá entre os intervalos da programação. O ritmo segue embalado pelo R&B do artista Fabriccio, com show em formato voz e violão. O jovem artista negro é compositor, produtor musical e multi-instrumentista. Com vasto repertório musical e uma sonoridade plural, tem como referências grandes nomes da música negra como Djavan, Simonal, Marvin Gaye e Michael Jackson.
A tarde ainda terá o painel “Afrofuturismo: conceituação, narrativas e estéticas”, comandado pela capixaba Kênia Freitas, referência nacional no assunto, com extenso currículo e inúmeras publicações.
O encerramento terá muita música com a performance do grupo Melaninas MCs. O show ‘Sistema Feminino’ vai apresentar um repertório com narrativas sobre as vivências das mulheres em vários aspectos da sociedade, suas lutas contra o preconceito racial e de gênero. É sobre o lugar de fala sendo ocupado por quem ainda tem direitos a serem conquistados. O diálogo é feito através das músicas autorais compostas por quatro mulheres negras periféricas e um DJ, que se manifestam culturalmente através do Rap.

Texto: Divulgação

Related Posts

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

EnglishPortugueseSpanish