Novo dispositivo trata dores nas costas e nas pernas
Um dispositivo inflável “ultrafino” pode ajudar a tratar as formas mais graves de dores nas costas e nas pernas sem a necessidade de cirurgia invasiva, disseram os pesquisadores Universidade de Cambridge, na Inglaterra, que o desenvolveram.
O dispositivo, feito com uma combinação de técnicas de fabricação robótica, eletrônica ultrafina e microfluídica — ou gotículas microscópicas de fluido — é projetado para fornecer pequenas correntes elétricas à medula espinhal para interromper os sinais de dor. Com a largura de um cabelo humano, ele é inserido em uma agulha e implantado no espaço epidural da coluna vertebral, a mesma área em que as injeções são administradas para controlar a dor durante o parto.
Os primeiros testes do dispositivo sugerem que ele pode ser um tratamento eficaz para dores fortes nas pernas e nas costas, quando não são tratadas com eficácia por analgésicos prescritos, embora o dispositivo ainda precise ser avaliado em ensaios clínicos.
Para este novo dispositivo, os pesquisadores usaram uma combinação de eletrônicos flexíveis da indústria de semicondutores, minúsculos canais microfluídicos usados na entrega de drogas e materiais que mudam de forma usados em robótica leve. O dispositivo finalizado tem apenas 60 mícrons de espessura — cerca de dois centésimos de polegada — antes da implantação.
Uma vez implantado, durante um procedimento cirúrgico realizado com o paciente sob anestesia local, o dispositivo é posicionado no espaço peridural. Em seguida, é inflado com água ou ar para que se desenrole como um pequeno colchão de ar, cobrindo uma grande parte da medula espinhal. Em seguida, é conectado a um gerador de pulso usando eletrodos ultrafinos que podem enviar os pequenos pulsos elétricos aos nervos espinhais.
O dispositivo foi capaz de fornecer esses pulsos com eficácia em um modelo de cadáver humano, de acordo com os pesquisadores, que estão fazendo parceria com um fabricante para desenvolvê-lo ainda mais. Eles esperam começar os testes em pacientes dentro de dois a três anos.
Fonte: Boa Saúde