Alemanha está desenvolvendo avião elétrico híbrido em conjunto com Rolls-Royce e Airbus
O Centro Aerospacial da Alemanha (DLR) se juntou a grandes nomes da indústria aeronáutica para trabalhar na construção de um avião comercial com propulsores de sistema híbrido e elétrico.
Desenvolvido pelo grupo SynergIE, o conceito já recebeu os primeiros testes eletrônicos de voo, e estuda como aplicar combustíveis limpos sem perder a autonomia — o que é um desafio para as fabricantes de aeronaves, já que exige uma testagem extensiva dos novos trens de força sob diversas circunstâncias. Não à toa, a Alemanha está investindo na nova criação para atingir suas metas de zero emissão de carbono, estabelecidas na Convenção de Paris.
A aeronave ainda não possui nome, mas terá capacidade de transporte para 100 passageiros e será adaptada inicialmente para voos regionais, como na maioria dos testes de novas tecnologias.
Avião elétrico híbrido terá 10 propulsores
Ao adaptar o avião para um projeto elétrico e híbrido, as mudanças na disposição do trem de força permitiram que a DLR criasse um design mais incomum para os céus da Alemanha. Serão 10 propulsores espalhados na extensão das asas, junto a duas turbinas na fuselagem, e um estabilizador na parte inferior da aeronave.
Por falar em asas, o comprimento total delas também foi reduzido. Embora uma extensão maior ajude nos aspectos de decolagem e pouso, a manutenção de seu funcionamento normalmente exigiria mais consumo energético — algo que não acontece na conversão. A estimativa é de que essa redução totalize 10% de economia de combustível.
Entretanto, o conceito ainda está precisando de ajustes. Nas simulações eletrônicas, por exemplo, os desenvolvedores relataram baixa eficiência em alguns aspectos, como na eficiência de pouso.
Ainda não existem especificações técnicas definitivas da aeronave da SynergyIE, mas parece que a pressa não é grande: o avião elétrico e híbrido da DLR está previsto para uso comercial na Alemanha em 2040. A demonstração completa de seus componentes está estimada para 2030.
Fonte: Olhar Digital