Ciência

Fóssil de crocodilo achado no Peru permite rastrear evolução da espécie

Pesquisadores da Universidade Peruana Cayetano Heredia, ao lado de colegas americanos e franceses, descobriram um fóssil de crocodilo pré-histórico no Peru. A descoberta é dissecada em artigo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.
Os crocodilos contemporâneos são predominantemente seres de água doce — só dois tipos habitam os oceanos. Para os pesquisadores, essa característica é um complicador quando se busca compreender a evolução desses organismos a partir dos crocodilos ancestrais, que viviam principalmente no mar.
Na busca de evidências dos primeiros crocodilianos na parte ocidental da América do Sul, os pesquisadores encontraram os restos parciais (crânio e mandíbula) de um crocodilo na bacia oriental de Pisco (no deserto de Sacaco, sul do Peru), em 2020. Testes mostraram que esse crocodilo, denominado Sacacosuchus cordovai, tinha cerca de sete milhões de anos e, em vida, seu comprimento chegava a quase quatro metros.

Os pesquisadores sugerem que os crocodilos chegaram à América do Sul cruzando o Oceano Atlântico. De lá, uma parte poderia ter seguido a costa até o que hoje é o Peru. Os cientistas acrescentaram que esses crocodilos marinhos teriam rostos longos e esbeltos e que havia duas espécies principais: uma se alimentava quase que unicamente de peixes e a outra adotava uma dieta mais variada.
O sítio de Sacaco tem despertado o interesse científico há algum tempo. Os achados fósseis já realizados lá indicam que toda a área estava submersa há milhões de anos.

Fonte: Revista Planeta

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