eVTOL escolhido pela Gol voa pela primeira vez com piloto a bordo
O segmento de eVTOLs, as aeronaves elétricas de decolagem e aterrissagem vertical, continua movimentado. São inúmeras empresas de olho para transformar seus projetos em realidade, entretanto, poucas conseguiram chegar em testes tripulados. Uma delas foi a britânica Vertical Aerospace.
Sua criação é o VX4, uma aeronave desenvolvida para atender o deslocamento urbano em grandes cidades. A aeronave é equipada com um motor elétrico de 1 MW e pode transportar cinco passageiros. Sua autonomia é de cerca de 160 km, ideal para curtas distâncias, e a aceleração vai até 325 km/h.
O protótipo está em estágio avançado de desenvolvimento e realizou o seu primeiro voo oficial com piloto a bordo. Por ora, a máquina conseguiu decolar com o impulso das suas oito hélices e ficou no ar por um período de tempo e altitude não revelada pela empresa.
A fabricante diz que optou pelo voo tripulado para provar aos reguladores que é possível “atender aos rigorosos padrões de segurança”: “Este momento representa um salto gigantesco para a aviação”, disse Stephen Fitzpatrick, CEO da empresa.
A seguir, a máquina passará por outra fase de meses de testes rigorosos de alcance, altitude e velocidade. Outro desafio será garantir a transição segura do voo horizontal para o vertical, diz a Vertical Aerospace. A companhia espera ter o VX4 pronto para certificação em 2025 e diz que já possui 1.400 reservas do modelo das seguintes empresas aéreas: Virgin Atlantic, American Airlines, Japan Airlines e Air Asia. A aeronave urbana também foi a escolhida pela brasileira Gol, que planeja comprar ou arrendar 250 exemplares do modelo.
500 eVTOLs vendidos
A Vertical Space alcançou o marco de 500 unidades vendidas do VX4 em março deste ano. A façanha foi fruto de uma parceria da empresa com a concessionária de aeronaves irlandesa Avolon e gerou uma estimativa de faturamento de pelo menos US$ 2 bilhões (quase R$ 11 bilhões na cotação atual). A Avalon diz que distribuirá as 500 unidades por “grandes companhias aéreas globais”.
Fonte: Olhar Digital