Política

O Brasil e o Judiciário

O Brasil carece de informações responsáveis e confiáveis da grande mídia, que nos últimos quatro anos tem deixado a desejar no cumprimento do seu papel que é o de informar com isenção. Ao contrário disso, o que temos visto é uma imprensa ridiculamente militante que se propôs a desinformar escancaradamente sem nenhum compromisso com a verdade e com o País.

Manipulando a qualquer preço, essa mesma mídia, junto com instituições oficiais desajustadas como Congresso Nacional e Judiciário — que deveriam zelar pela harmonia da nação ao invés de tentar manobrar a população mais vulnerável social e economicamente — se presta a destacar o assistencialismo e a política do pão e circo, oferecidos por governos de esquerda para sobrepujar o povo como reza a cartilha socialista.

Outra classe que, cegamente e, de forma robotizada, se jogou em queda livre para o abismo, ignorando o histórico de corrupção do partido dos trabalhadores durante seus quatorze anos de governo foi, em sua grande maioria, a dos alienados estudantes das universidades públicas brasileiras. Uma comunidade que, a meu ver, deveria servir de exemplo e não de massa de manobra de larápios, que já mostraram no passado do que são capazes, com rastros marcantes de desvios e participação em esquemas corruptos, que lesaram estatais e investiram vultosas cifras em países de regimes autoritários e tirânicos, que humilham e oprimem seus cidadãos.

Para termos uma ideia da desgraça que está por vir, um dos nomes cotados para o ministério da Fazenda, pressionado pelo partido do governo (PT), que assumirá o leme em janeiro, é o do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que supostamente esteve envolvido num esquema de desvio de merenda escolar da rede municipal de ensino quando foi prefeito.

Ontem (9), em entrevista a um canal de televisão, a magistrada aposentada, Eliana Calmon, reconheceu que teremos dificuldade de recompor a ordem, uma vez que os ânimos estão muito exaltados. Segundo ela “justiça não foi feita para amedrontar as pessoas, justiça não foi feita para colocar mordaça na boca de nenhum brasileiro, a justiça foi criada para levar a paz…”. Parece que o ‘atuante’ sistema judiciário brasileiro, na figura ambígua do Supremo Tribunal Federal, esqueceu a sua legítima e honrada função.

A magistrada também reconheceu que houve parcialidade no poder judiciário e que faltou transparência.

Faltou transparência, faltou legitimidade nas falas … o povo brasileiro foi obrigado a aceitar o que foi dito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)… Os senhores jornalistas estão impedidos de falar, com receio de falar. Alguns foram até demitidos por terem falado e isso é tudo muito grave”.

Em resumo, tivemos um período difícil nesses últimos meses, com omissão da mídia nacional no cenário mundial e ausência de uma justiça verdadeira, entramos num estágio de descrença e perdidos no deserto das incertezas e, pior, com sensação de impotência.

Se vamos sair dessa, não sei, mas o que percebo é que o patriotismo, o amor às cores, aos hinos e aos símbolos nacionais, resgatados nesses últimos quatro anos, dificilmente serão apagados da memória popular.

Quanto à imprensa internacional, somente agora o mundo está tendo conhecimento da desordem institucionalizada, protagonizada pelo Poder Judiciário vergonhoso que optou pela militância e não pelo neutralidade, como disse muito bem a magistrada Eliana Calmon.

Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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