Ciência

Meteorito misterioso revela a existência de dois novos minerais na África

Além dos novos elementos encontrados, o meteorito é abundante em ferro e níquel que representam cerca de 90% da sua composição

Cientistas canadenses ficaram empolgados após analisar um meteorito que caiu na Somália, país situado no chifre da África, e identificarem dois novos minerais nunca vistos antes no planeta Terra. Apesar de ter sido encontrada há dois anos pelos profissionais, os moradores da região onde o objeto estava alojado acreditam que a rocha é muito mais antiga, pois ela está documentada em poemas, canções e danças há cinco gerações, ou seja, faz parte da cultura local.

Conhecida entre os habitantes locais como “anoitecer”, a pedra é utilizada atualmente para amolar facas. Os novos minerais descobertos na rocha foram identificados pelos cientistas da Universidade de Alberta e receberam os nomes de elaliita e elkinstantonite.

Os pesquisadores analisaram um fragmento de 70g do meteorito de 15 toneladas, considerado o nono maior a atingir a Terra. Além dos novos elementos encontrados, o meteorito é abundante em ferro e níquel que representam cerca de 90% da sua composição.

A escolha dos nomes para os novos elementos levou em consideração o local onde o meteorito foi desenterrado — no distrito de El Ali, na Somália — por isso elaliita; e a especialista da Nasa Lindy Elkins-Tanton, que teve uma contribuição importante a respeito do tema, por isso o outro elemento ficou “elkinstantonite”.

Terceiro mineral encontrado no meteorito

Parte do meteorito, encontrado na Somália, no museu da Universidade de Alberta (Foto: Reprodução/Universidade de Alberta)

O professor e curador da coleção de meteoritos da Universidade de Alberta, Chris Herd, declarou que o trabalho exercido por Lindy sobre como se formam os núcleos dos planetas compostos principalmente por níquel e ferro foi o que proporcionou a nomeação do mineral em homenagem a ela. Essa é uma forma de “reconhecer suas contribuições para a ciência”, complementou Herd.

Há mais um mineral desconhecido que está em processo de identificação. Os pesquisadores da universidade esperam ter acesso a mais partes do meteorito, tanto para buscarem por novas descobertas, quanto para vislumbrarem como o material poderia ser usado na Terra.

Fonte: Olhar Digital

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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