Levantamento indica ceia e presentes de Natal até 21% mas caros neste ano
Em relação aos presentes, o grupo de vestuário passou por uma inflação significativa em 2022. O preço das Roupas aumentou quase 21%, já Calçados e Acessórios subiram 16,6%
Uma pesquisa realizada pela XP mostra que os brasileiros devem ter gastos até 21% maiores no Natal deste ano com presentes e ingredientes para a ceia natalina. Mesmo com uma inflação acumulada de 5,47% desde dezembro de 2021, o levantamento feito com os itens mais consumidos na celebração aponta que alguns grupos e produtos específicos podem pesar ainda mais nessa variação ou, em alguns casos, registrar até uma deflação.
Na alimentação em domicílio, por exemplo, os preços tiveram alta perto de 13%. Na relação item a item, o bacalhau e o frango tiveram altas de 7,9% e 5,1%, respectivamente. Uma das principais guloseimas do Natal, a rabanada, deve surpreender muitos consumidores com custo mais alto nos ingredientes para sua preparação. O grupo leite e derivados cresceu 26% (o leite in natura ainda mais, quase 40%); o pão francês, 18%; ovos, quase 20%. O açúcar, por sua vez, foi o único com deflação: -1,1%.
Segundo Tatiana Nogueira, economista da XP, os principais fatores que jogam os preços dos alimentos para cima no acumulado do ano são o aumento global dos preços de matérias-primas como trigo, milho e proteína animal por conta de problemas climáticos — La Niña — efeitos da pandemia e guerra Ucrânia x Rússia.
Vestuário tem maior impacto em presentes
Em relação aos presentes, o grupo de vestuário passou por uma inflação significativa em 2022. O preço das Roupas aumentou quase 21%, já Calçados e Acessórios subiram 16,6% enquanto Roupa infantil cresceu em menor intensidade, 13,6%.
A economista pontua que os preços de vestuário registraram apenas altas, por conta do custo de produção que ficou muito mais caro.
Para as crianças e adolescentes há uma deflação considerável nos preços de videogames e computadores de -8,5 e -2,6%, respectivamente — e alta modesta em Aparelho telefônico, apenas 1,9%. Para aquelas menos ligadas no mundo digital, o valor pago por bicicletas ficou 7,5% mais caro e brinquedos 15,5%. Aos adultos com desejo de renovar o audiovisual de suas casas, televisores e aparelhos de som sofreram deflação de -7,1% e -6,1%, respectivamente.
Fonte: Gazeta do Povo