Comportamento & Equilíbrio

Decepção amorosa: como seguir em frente e superar?

Teve uma decepção amorosa? Mude o referencial e encontre seu caminho para a realização afetiva

Quem nunca passou por uma decepção amorosa, não é mesmo? Um amor não correspondido pode nos fazer sentir rejeição, ou nos levar à crença de que não somos o suficiente. Às vezes, parece que aquela pessoa vai ficando lá em cima, grande, inatingível. E nós, pequenos e impotentes, vazios e tristes. Como lidar com a dor de uma decepção amorosa e mudar esta realidade? Quer saber mais? Então continue a leitura!

Como lidar com a decepção amorosa?

Digamos que você está diante de duas portas. Você entra em uma delas. Nesse lugar, todos olham para você com carinho e admiração, fazendo elogios, dizendo o quanto gostam de você.
Ao sair desse lugar, você entra na porta logo ao lado. Aqui, todos lhe olham com desdém e recriminação. Dizem que não gostam de você, que você é horrível, uma pessoa ruim e desprezível. Você sai do local e olha para as duas portas à sua frente novamente. Então, você se pergunta: Quem sou eu? A pessoa maravilhosa ou a pessoa desprezível? Você é você! Exatamente a mesma pessoa que visitou esses dois lugares.

Quando você se baseia no referencial externo, tudo fica confuso e você acaba duvidando de si mesmo. Mas se a referência estiver dentro, não se permitirá inflar com os elogios, nem murchar com as críticas negativas, pois sabe quem você verdadeiramente é.

É claro que é agradável ouvir elogios e desconfortável lidar com críticas. Mas até estas podem ser importantes para uma autoavaliação. Lembre-se, sua consideração e sentimento por si mesmo não são determinados pelo externo. Quando sabemos quem somos, a influência externa pode até nos afetar, mas não nos tira do eixo, não nos esvazia.

Pode ser difícil trazer o foco para dentro e saber quem somos, quando as mídias, o clima competitivo, a forma como o mundo lá fora funciona, tudo remete nosso referencial para fora. Mesmo sem perceber, estamos sempre nos comparando. Vamos nos esvaziando, murchando sem nem perceber. A autoestima vai se dissipando e tentamos nos preencher e nos maquiar com mais daquilo que o mundo lá fora nos diz que é bom, bonito, legal.

Mas a dor de uma decepção amorosa, de não ser correspondido, pode ser o impulso que precisávamos para irmos para dentro. A oportunidade para nos descobrir, nos conhecer mais, nos preencher de verdade, e assim nos fortalecer para um amor saudável.
A dor vem também da expectativa de amor que projetamos e não se concretizou. Sentimos como se a outra pessoa nos tirasse a possibilidade do amor, e que não tem jeito, afinal, ela não correspondeu. Quando nos fixamos demais em uma pessoa, talvez tenhamos criado um amor platônico. Aliás, o amor platônico tem ligação com a baixa autoestima. Em casos do tipo, projetamos no outro algo que desejamos ter ou ser.

A possibilidade de amar e receber amor continua existindo. O sentimento pode nos dar a impressão de que é uma coisa só: meu desejo e a pessoa. Mas ela apenas representa o símbolo desse desejo neste momento. Lembre-se: o desejo é seu. É essencial saber discernir o que é o seu desejo e o que é a pessoa lá fora. Ninguém pode lhe tirar o que é seu! Se existe um vazio, não é a falta da outra pessoa que você sente, mas a falta de si mesmo.

Você tem feridas sutis? Tudo que foi inventado neste mundo, foi porque alguém acreditou e continuou firme em sua ideia, mesmo diante dos fracassos e frustrações. Se amar e ser amado é o que você realmente quer, então, em vez de ficar sofrendo pelo outro, esperando o amor lá fora, sacuda a poeira e comece a olhar para dentro.
Se a dor da decepção amorosa é intensa demais, é preciso olhar com mais carinho ainda para o seu interior, pois sinaliza algum tipo de ferida sutil, nos níveis emocional, mental e/ou espiritual. Inclusive, você pode fazer o teste para identificar qual é o seu Eu machucado. Talvez toda essa experiência esteja acontecendo como um chamado para cuidar dessas feridas. É preciso conhecê-las melhor para poder curá-las.

Primeiros passos para curar a decepção amorosa
Vamos refletir um pouco? Pense sobre essas questões a seguir:
• Qual sua maior dor nesta experiência?
• Como você se enxerga ao passar por ela?
• Do que tem mais medo ou mais quer evitar?
• Você se lembra de outros momentos quando sentiu esse mesmo sentimento?

Pode ser uma ferida relacionada à rejeição, ao não acreditar que alguém possa se interessar por você, a não conseguir ser alguém à altura ou ser merecedora do amor, à não aceitar que o outro possa não gostar de você, à dor da pessoa preferir ficar com outra pessoa e você se sentir preterido.

São muitas as possibilidades, mas ter pistas sobre elas é um primeiro passo para curá-la. Assim como uma ferida no seu corpo precisa ser cuidada para não inflamar e infeccionar, um machucado sutil necessita atenção para não se agravar.

Apesar do desconforto, permita-se entrar em contato com o sentimento desagradável. Você pode até fechar os olhos e sentir que partes do corpo carregam esse incômodo. Respire focando nestes locais e deixe a dor sair e ir embora. Que tal fazer uma meditação de limpeza para ajudar a limpar esta dor?

Uma ferida no corpo demanda tempo e cuidado contínuo até cicatrizar. Curar as feridas sutis também. Então, tenha paciência, persista e siga em frente. Faz parte da cura fortalecer a autoestima e o amor-próprio, então busque os seus caminhos para isso. Caso sinta que está muito difícil identificar e cuidar sozinho das feridas e se fortalecer, posso lhe ajudar com ferramentas energéticas nos atendimentos.

Fonte: Terra

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