Economia

Confiança da indústria despenca em fevereiro

Em segundo mês de governo Lula, Índice de Confiança da Indústria despenca e fica mais baixo que no período de pandemia

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV Ibre caiu 1,1 ponto em fevereiro, para 92,0 pontos, menor nível desde julho de 2020 (89,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice se mantém estável em 92,8 pontos, após cair por cinco meses consecutivos.

Em fevereiro, a confiança da indústria apresentou nova queda refletindo maior cautela dos empresários quanto ao futuro dos negócios. O resultado, contudo, é bem heterogêneo com perspectivas mais favoráveis para a categoria de bens não duráveis. Apesar de ligeira melhora da demanda interna, os resultados mostram aumento do nível dos estoques. As perspectivas futuras voltam a ficar mais pessimistas com empresários projetando queda na produção e nas contratações para o primeiro semestre. O cenário ainda parece indefinido para a indústria, com sinais diversos entre os diversos segmentos”, comenta Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre.

Em fevereiro, o resultado foi heterogêneo com queda da confiança em 8 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete uma acomodação das avaliações sobre a situação atual e piora das expectativas. O Índice Situação Atual (ISA) cedeu 0,3 ponto, para 92,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,8 ponto para 91,4 pontos, menor nível desde julho de 2020 (90,5 pontos).

Entre os quesitos que integram o ISA, o indicador que mede o nível de estoques foi o que mais influenciou negativamente ao recuar 3,6 pontos, para 106,6 pontos. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável). No sentido contrário a percepção dos empresários em relação à situação atual dos subiu 2,0 pontos para 92,9 pontos, o que parece relacionado a uma ligeira melhora da demanda, que avançou em menor magnitude, 0,9 ponto para 92,8 pontos.

Em relação as expectativas para os próximos meses, os empresários projetam piora da tendência dos negócios no horizonte de seis meses. O indicador caiu 2,5 pontos para 89,4 pontos, se mantendo abaixo do nível de neutralidade desde setembro de 2021 (102,7 pontos). No horizonte mais curto, de três meses, as perspectivas sobre emprego recuaram 0,8 ponto, para 94,8 pontos, chegando ao seu pior patamar desde julho de 2020 (93 pontos). Além disso, o indicador se mantém abaixo dos 100 pontos, ainda sinalizando uma desaceleração das contratações nos próximos meses.

Já o indicador que mede as perspectivas sobre a produção para os próximos três meses recuou 2,0 pontos para 90,5 pontos, pior resultado desde março de 2022.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria ficou relativamente estável cederão variar -0,1 ponto percentual, para 78,7% pior resultado desde maio de 2021 (77,8%).

Fonte: Portal FGV Ibre

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