Fóssil encontrado no Acre revela espécie inédita de primata
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Batizado de Ashaninkacebus simpsoni, a espécie deve ter habitado a Amazônia há mais de 35 milhões de anos
Por Alisson Santos
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Um fóssil de dente encontrado no interior do Acre revelou espécie inédita de primata e apresentou novas informações históricas sobre a chegada dos macacos à América. Batizada de Ashaninkacebus simpsoni, essa espécie de pequenos primatas habitou a Amazônia há mais de 35 milhões de anos.
Os estudos sobre a descoberta foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences USA, e revelaram que, a partir desse único dente encontrado, foram desvendadas diversas informações sobre o tamanho e a dieta dos primeiros macacos que colonizaram o continente americano — vindos da África.
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- Uma equipe composta por paleontólogos e geólogos de países, como Brasil, França e Argentina, encontraram o fóssil durante expedições no oeste da Amazônia;
- Além de revelar informações sobre as características desses primatas, essa descoberta também aumenta a compreensão sobre a chegada dos macacos na América do Sul;
- Antes dessa descoberta, pesquisadores acreditavam que a colonização do continente havia sido realizada por dois grupos distintos de primatas antropoides de origem africana. Agora, o fóssil aponta que pelo menos mais uma espécie esteve nesse processo.
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A descoberta do Ashaninkacebus simpsoni possui relevância mundial para o estudo da evolução dos primatas. Além de contar parte da história dos macacos que ainda habitam nosso continente, ele ajuda a compreender os eventos biogeográficos ocorridos durante o Paleógeno [66-23 milhões anos atrás]. Já sabíamos que dois grupos de primatas de origem africana haviam chegado à América do Sul há pelo menos 34 milhões de anos, e agora, o Ashaninkacebus revela que um terceiro grupo também chegou aqui”, explica Leonardo Kerber, paleontólogo da Universidade Federal de Santa Maria (RS).
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Os pesquisadores descobriram que os dentes do Ashaninkacebus são morfologicamente mais parecidos com os dos primatas do sul da Ásia do que com primatas africanos — indicando conexão biogeográfica entre a África, a Ásia e a América do Sul durante esse período.
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Fonte: Olhar Digital