Gordura no fígado em crianças: como evitar?
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Por Tayna Farias
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Crianças se queixando de dor abdominal, dor de cabeça, fraqueza e falta de apetite? O motivo pode ser gordura no fígado. Também chamada de doença hepática gordurosa não alcoólica, a condição tem sido cada vez mais comuns em crianças por conta do consumo exagerado de carboidratos, alimentos muito gordurosos e sedentarismo. No entanto, mudanças no estilo de vida podem diminuir a progressão da gordura no fígado em crianças.
Também conhecida por doença hepática gordurosa, gordura no fígado ou fígado gorduroso, a esteatose hepática é um distúrbio que se caracteriza pelo acúmulo de gordura no interior dos hepatócitos (células do fígado) — órgão situado no lado direito do abdômen por onde circula grande quantidade de sangue. De acordo com o Ministério da Saúde, a estimativa é que 30% da população apresente o problema e que aproximadamente metade dos portadores possa evoluir para formas mais graves da doença.
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Geralmente, a gordura no fígado aparece quando o metabolismo sofre uma alteração como excesso de gordura, perda súbita de peso, obesidade, diabetes ou consumo excessivo de álcool. Assim, a ciência define essa condição como o acúmulo de ácidos graxos e triglicerídeos nas células do fígado. Além disso, existem outros fatores determinantes para que a condição apareça em crianças e adolescentes, são eles: sedentarismo/falta de atividade física; excesso de fast-food ou comidas muito gordurosas; obesidade infantil; diabetes (pré ou tipo 2); colesterol alto; genética.
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Se não tratada corretamente, a gordura no fígado pode provocar inflamações que podem ainda evoluir para casos mais graves de saúde como cirrose hepática e câncer. Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia identificou que pessoas com obesidade ou diabetes e que consomem 20% ou mais de calorias advindas de fast-food, apresentam níveis elevados de gordura no fígado.
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Assim, a pesquisa publicada na revista científica Clinical Gastroenterology and Hepatology, comparou esse perfil com pessoas que consomem menos ou nenhum fast-food. Portanto, a análise comprovou que o consumo de alimentos processados, itens que são maioria no fast-food, está ligado ao acúmulo de gordura no fígado.
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Inchaço abdominal, cansaço excessivo e olhos amarelados são alguns dos sintomas que podem levantar a suspeita. Mas, a condição só costuma ser identificada através de exames de rotina do paciente. Assim, a coleta de sangue pode apontar aumento nas enzimas e o ultrassom mostra alteração na imagem do fígado. Dessa maneira, os exames e/ou a biópsia podem indicar a gravidade da esteatose, geralmente classificada em:
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• Grau 1 ou leve: Quando há pequeno acúmulo de gordura;
• Esteatose grau 2: Quando há um acúmulo moderado de gordura no fígado;
• Grau 3: Quando ocorre grande acúmulo de gordura no fígado.
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Como a doença é assintomática em alguns casos, é fundamental manter o acompanhamento médico periódico endocrinologista para identificar e acompanhar a gordura no fígado. Dessa forma, um nutricionista também pode ajudar na reestruturação alimentar, incluindo itens mais saudáveis, redução de açúcares e gorduras.
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Além disso, é importante fazer mudanças consideráveis na rotina da criança inserindo mais movimento com a prática de atividades físicas. Assim, pode ser interessante investir em um esporte como futebol, vôlei e artes marciais como kung fu e karatê.
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Por fim, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, seguindo o tratamento adequado, o paciente tem altas chances de regredir o quadro de gordura no fígado ou ao menos estabilizá-lo. Mesmos os casos em que a doença já evoluiu para cirrose podem ser controlados antes que o fígado seja completamente atacado. Por isso a importância do diagnóstico precoce.
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A prevenção principal da esteatose hepática na infância consiste em evitar a obesidade. Por isso, é importante ficar atento às medidas da circunferência abdominal das crianças. Para isso, o ideal é ter estilos de vida saudáveis, tais como o exercício físico aeróbico feito regularmente e reduzir o consumo de carboidratos de baixo índice glicêmico, como pães brancos, bolachas e alimentos industrializados.
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Fonte: Vitat