Tecnologia & Inovação

Austrália cria chip de computador com células cerebrais humanas

Chip é capaz de aprender novas habilidade sem perder os conhecimentos anteriores e pode ser utilizado em diversas áreas

Por Alessandro Di Lorenzo

Um chip de computador capaz de aprender novas habilidades continuamente sem perder os conhecimentos anteriores foi desenvolvido pela Universidade Monash, na Austrália. Mas o principal diferencial da tecnologia é o uso de tecidos cerebrais de humanos e de camundongos. O chip semibiológico foi construído com 800 mil células extraídas de cérebros humanos e de camundongos cultivadas em laboratório. A tecnologia foi “ensinada” a executar diferentes tarefas.
O sucesso foi tanto que as Forças Armadas australianas decidiram investir US$ 403 mil, quase R$ 2 milhões, no projeto. A Universidade Monash afirmou que o chip foi criado para auxiliar na compreensão sobre como funcionam os mecanismos biológicos de aprendizado do cérebro ao longo da vida. Nomeado de DishBrain, ele cria estímulos elétricos nas células cerebrais para completar as atividades. A tecnologia pode ser utilizada em diversas áreas, desde a robótica até a inteligência artificial.

Os resultados de tal pesquisa teriam implicações significativas em vários campos, como, mas não limitados a, planejamento, robótica, automação avançada, interfaces cérebro-máquina e descoberta de medicamentos, dando à Austrália uma vantagem estratégica significativa”, disse o líder do programa e professor associado, Adeel Razi.

Além disso, a inovação tem o diferencial de garantir o aprendizado ao longo da vida, ou seja, o chip é capaz de aprender novas habilidade continuamente sem perder os conhecimentos anteriores. Razi acredita que, no futuro, a tecnologia pode oferecer um melhor desempenho em comparação ao hardware baseado apenas em silício.

Usaremos essa doação para desenvolver melhores máquinas de IA que repliquem a capacidade de aprendizado dessas redes neurais biológicas. Isso nos ajudará a aumentar a capacidade do hardware e dos métodos até o ponto em que eles se tornem um substituto viável para a computação em silício”, afirmou.

Fonte: Olhar Digital

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