Produtividade de feijão pode ser 17% maior mediante escolha da variedade
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Por Agência Bori
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O cultivo do feijão-carioca, preferido pelos brasileiros, pode apresentar mais produtividade na lavoura dependendo da variedade utilizada. Segundo pesquisadores da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), a opção correta de uma variedade de feijão pode aumentar em 17% a produtividade e, consequentemente, a rentabilidade da lavoura, impactando na qualidade, no tempo de cozimento e na quantidade de proteínas do feijão. Os dados estão em um estudo publicado na “Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental” (RBEAA).
São mais de 100 variedades de plantas de feijão que podem ser escolhidas para o cultivo. As cultivares são da mesma espécie, mas com variações em aspectos agronômicos, como resistência a pragas e tolerância ao déficit hídrico. Por fatores mercadológicos e logísticos, a escolha mais criteriosa nem sempre é priorizada.
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A pesquisa foi feita com cultivares que já foram melhoradas geneticamente, e realizada entre 2015 e 2017 com oito variedades de feijão-carioca sob irrigação na fazenda experimental da Unesp, em Jaboticabal (SP), o que permitiu constatar a produtividade até 17% superior das cultivares IAC Milênio e IAC Alvorada.
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Muitas vezes, o aumento de produtividade e rentabilidade de uma cultura não passa necessariamente por manejos tecnológicos e complexos, sendo que a simples escolha da variedade que será utilizada no plantio impacta muito os resultados”, aponta Anderson Coelho, coautor do estudo.
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Os pesquisadores encontraram, ainda, propriedades específicas que podem ser estimuladas para maior produtividade. Um exemplo é o número de vagens por planta, característica mais impactante nesse contexto: cada vagem a mais correspondeu a um aumento de 86 kg/ha na produção.
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A manutenção do maior número de vagens por planta, por meio da aplicação de manejos de adubação, nutrição, bioestimulantes, modificam o rendimento e a rentabilidade final”, explica Coelho.
O estudo local gerou bons resultados, o que, para os autores, indica a necessidade de conduzir experimentos regionais específicos para obter o máximo potencial produtivo na agricultura.
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Este estudo privilegiou a safra outono/inverno, em que os produtores apresentam elevado nível tecnológico. No Brasil, o feijão é cultivado em três safras (das águas, da seca e de inverno), englobando todo o ano. Sendo assim, este mesmo estudo pode ser feito com o cultivo em outras épocas do ano e regiões”, finaliza Coelho.
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Os próximos passos são a testagem de grãos diferentes, como feijão preto, rajado e especial, além de variar a época de cultivo. Afinal, escolher a variedade certa pode ser fundamental para o sucesso da lavoura, a rentabilidade e a qualidade do feijão produzido no Brasil.
DOI: https://doi.org/10.1590/1807-1929/agriambi.v27n11p882-891
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Fonte: GizModo