Gestão técnica na saúde de Fundão

Fundão se encontra num processo de evolução e se fortalecendo diariamente para que todos os munícipes tenham acesso às ações e serviços de saúde

A saúde pública no Brasil sempre foi um desafio e como a prevenção nunca foi muito o foco dos representantes públicos, o saneamento ainda não é uma realidade para milhões de brasileiros. Com cerca de 33 milhões de habitantes sem acesso à água tratada e quase cem milhões sem atendimento de coleta de esgoto. Todos os dias quase seis mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são lançadas na natureza e nos corpos hídricos do País diariamente, resultando numa sobrecarga no sistema público de saúde.
Outro ponto, é a insuficiência dos recursos oriundos da esfera federal (União) que, na sua maioria, além de medíocres, sofrem, a todo instante, interferências políticas, dificultando, assim, a ponta, que são os municípios. Basta lembrar o bloqueio orçamentário de R$ 1,5 bilhão feito pelo governo federal no primeiro semestre deste ano, onde o contingenciamento discricionário foi de R$ 452 milhões somente na Saúde.

Rememorando a expressão “se a vida te der um limão faça uma limonada”, o Fatos & Notícias foi até à competente secretária de Saúde do município de Fundão, Eva do Carmo Bernabé da Silva, para ver se a expressão de superação pode ser colocada ou não em prática na administração pública.

Perguntada sobre como anda a Saúde do município e se é possível trabalhar com os recursos disponíveis, a secretária respondeu que, dentro das possiblidades atuais, sim, e que, de acordo com o IBGE-2020, o município de Fundão possui 21.509 habitantes e 80% desse contingente utilizam com maior frequência o Sistema Único de Saúde (SUS).

Eva explica que o cenário atual da rede municipal de saúde encontra-se num processo de evolução e se fortalecendo diariamente para que todos os munícipes tenham acesso, com a devida qualidade, às ações e serviços de saúde. “Estamos nos organizando nos âmbitos da Atenção Primária, Atenção Especializada, Assistência Farmacêutica e Vigilância em Saúde, com as seguintes estruturas dos serviços”:

• Atenção Primária: três Unidades Básicas de Saúde — seis Equipes de Estratégia de Saúde da Família, estruturadas nos Distritos da Sede, Timbuí e Praia Grande;
• Atenção Especializada: uma Unidade de Especialidades; um Pronto Atendimento 24 horas; 01 (um) Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); um Setor do Transporte Sanitário e Administrativo e a Regulação Ambulatorial para Consultas e Exames Especializados;
• Assistência Farmacêutica: uma Farmácia Básica em cada unidade de Fundão, Timbuí e Praia Grande e Almoxarifado Central;
• Vigilância em Saúde: Vigilância Ambiental; Vigilância Epidemiológica; Vigilância Sanitária; Vigilância em Saúde do Trabalhador e Rede de Frios — Imunização.

No ano de 2021, foi dada a largada na reorganização da saúde municipal, no intuito de ampliar a oferta dos serviços de acordo com as necessidades do território”, afirma Eva.

Dentro dessa reorganização, estão sendo utilizadas ações estratégicas visando a melhoria da qualidade da assistência com contratação de profissionais de saúde (enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, cirurgiões dentistas, entre outros); composição das equipes psicossociais nas 03 unidades de saúde (psicólogos, assistentes sociais e médico especialista em saúde mental); ponto de testagem rápida para covid-19 (realização de aproximadamente 9668 testes rápidos desde 2021); divulgação da Relação Municipal de Medicamentos (Remume) no site oficial da Prefeitura Municipal, onde a farmácia dispõe de uma cobertura de 94% dos medicamentos que compõem a Remume; dentre outras ações.

Eva Bernabé falou também dos projetos e melhorias que estão sendo executados. “Diante da limitação na estrutura física dos serviços de saúde do município, a administração do prefeito Gil buscou parcerias para investimentos financeiros junto aos governos estadual e federal para complementar a execução dos projetos de melhorias das mesmas, como a reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde de Praia Grande — em fase de licitação; construção de uma nova Unidade de Saúde em Fundão Sede — em fase de assinatura de contrato para execução do serviço; construção de uma nova Unidade de Saúde em Timbuí, também em fase de procedimento licitatório para viabilizar o serviço, ou seja, a estimativa do custo das obras a serem realizadas é de aproximadamente R$ 6 milhões”.

A secretária faz questão de destacar os esforços da atual gestão em reorganizar toda a estrutura do município para atuar de forma coesa e satisfatória para todos.

Estamos e vamos continuar trabalhando sério e com muita responsabilidade. Não posso deixar de destacar o empenho do prefeito Gil nesses quase três últimos de anos de governo. Reorganizar leva tempo, as coisas não acontecem de uma hora para outra, muito já foi feito e temos muito a fazer. O objetivo dessa gestão é continuar trabalhando com foco na melhoria da qualidade da assistência e do cuidado de forma acolhedora”, concluiu Eva Bernabé.