Cientistas identificam molécula que consegue prevenir mecanismo do Parkinson
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2023/10/parkinson-proteinas.jpg)
Por Bárbara Giovani
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2020/02/Logo_Mizu.png)
Segundo novo estudo publicado na revista Cell Reports Physical Science, uma molécula da proteína alfa-sinucleína conseguiu prevenir que a mesma se transformasse em um emaranhado. A deformação é comum em casos de Parkinson, o que leva a crer que a pesquisa abre novos caminhos para o desenvolvimento de tratamentos para a doença.
A alfa-sinucleína é uma proteína encontrada em células cerebrais e, como todas as proteínas, ela é composta por uma longa cadeia de aminoácidos. Quando ela é produzida, essa cadeia se dobra para formar uma sequência tridimensional.
No entanto, à medida que uma pessoa envelhece, a forma tridimensional da proteína pode se deformar. Isso faz com que ela comece a se aglomerar, formando algo parecido com um emaranhado. Com o passar do tempo, esses emaranhados apenas continuam a se acumular, formando fibras. Dessa forma, interferem na função normal, o que eventualmente pode matar as células cerebrais.
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2022/10/Arte-jornal-Zucchi-600x600_Prancheta-1-1024x1024.jpg)
Em geral, essa deformação está associada a doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e outras demências. Para o novo estudo, pesquisadores utilizaram um peptídeo, que é um pequeno fragmento de proteína. Esse peptídeo foi retirado de uma extremidade da cadeia da alfa-sinucleína. Em seguida, os cientistas misturaram o peptídeo com amostras da sequência tridimensional completa da própria alfa-sinucleína em uma simulação in vitro.
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2020/02/barao-das-carnes-300x164-1.jpg)
Como resultado, eles descobriram que o fragmento preveniu a deformação da cadeia de aminoácidos, estabilizando sua estrutura. Dessa forma, conseguiu evitar que a alfa-sinucleína formasse os aglomerados.
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2020/02/casa-do-torresmo_portal.jpg)
Se pudéssemos fazer um diagnóstico antes que os sintomas se apresentem e bloquear a deformação da alfa-sinucleína nos estágios mais iniciais, que antecedem a formação de aglomerados, poderíamos desacelerar a progressão da doença em vez de apenas gerenciar os sintomas após o dano já ter sido causado”, explica Jody Mason, autor do estudo.
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2023/07/lacremoda.jpg)
Além disso, os resultados do estudo podem auxiliar o desenvolvimento de novos medicamentos que tratam os estágios iniciais do Parkinson. Por enquanto, os pesquisadores pretendem testar diferentes variações do peptídeo em células cerebrais cultivadas em laboratório.
![](https://jornalfatosenoticias.com.br/wp-content/uploads/2022/08/arte-Casarao.jpg)
Fonte: GizModo