Saúde

Hepatite A: o que é, quais são os sintomas e como prevenir

Descubra como ocorre a transmissão da doença e os cuidados necessários para se proteger contra ela

Por Juliany Rodrigues

A hepatite A é uma doença viral que provoca a inflamação aguda do fígado. “Na maioria dos casos há uma evolução positiva e espontânea da condição, no entanto, uma porcentagem dos pacientes pode evoluir para quadros fulminantes, quando o fígado para funcionar”, afirma o Dr. Fernando de Oliveira, infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do São Luiz Morumbi.
O fígado é um órgão do nosso corpo que desempenha funções essenciais, entre elas: filtrar substâncias tóxicas e microrganismos prejudiciais e auxiliar a digestão com a produção da bile, sendo uma conexão importante entre o sistema digestivo e o sangue.

Segundo o especialista, a hepatite A pode se manifestar de forma assintomática. No entanto, alguns pacientes podem apresentar febre, fraqueza, perda do apetite, dor no abdômen, vômito, diarreia, olhos amarelos (icterícia), alteração na cor da urina e clareamento das fezes.

Após a infecção, esses sintomas podem demorar 30 dias para aparecerem, porém é fundamental lembrar que o indivíduo afetado pode transmitir o problema desde o primeiro dia.

Geralmente os sintomas é que dão o sinal de alerta. Na ausência deles, a pessoa segue sua rotina normalmente, e no caso da hepatite A, transmitindo a doença sem saber, já que não adota medidas de prevenção”, destaca Dr. Fernando. “Caso tenha qualquer suspeita é essencial buscar atendimento médico para investigação, diagnóstico e notificação do caso”, alerta.

Algumas das formas de transmissão da hepatite A são:
➜ Fecal-oral:
relacionada às más condições de higiene e saneamento básico;
Consumo de alimentos ou água contaminados;
➜ Contato pessoal próximo com uma pessoa infectada;
➜ Prática sexual com contato oral-anal (entre pessoas infectadas).

Traduzindo para o cotidiano, o contágio ocorre por atitudes como consumo de água não tratada e de alimentos não higienizados ou mal preparados e contato com esgoto ou água de enchentes”, diz.

No geral, a prevenção se dá a partir da adoção de hábitos de higiene adequados, por exemplo:
➜ Lavar as mãos frequentemente;
➜ Higienizar corretamente louças e alimentos;
➜ Evitar contato com água contaminada, como enchentes e esgoto;
➜ Não compartilhar itens pessoais.

Além disso, sexo com preservativo e limpeza da genitália, períneo e região anal antes e depois das relações também são cuidados indispensáveis para prevenir a infecção.
A vacinação também é fundamental, e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI). A dose única faz parte do esquema vacinal primário para crianças a partir de 15 meses e menores de cinco anos. Mas, para pessoas que estão fora dessa faixa etária e apresentam fatores de risco como doenças crônicas do fígado ou imunológicas, é possível encontrar o imunizante em locais especiais pela cidade de São Paulo.

Fonte: Terra

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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