Dieta mediterrânea reduz risco de declínio cognitivo em pessoas idosas
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Baseada em vegetais, peixes e grãos, a dieta mediterrânea está inversamente associada ao declínio cognitivo, de acordo com novo estudo
Por Bárbara Giovani
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Muitas pessoas gostam de viajar pelas paisagens de países próximos ao Mar Mediterrâneo. Por lá, há praias, vielas e também muita comida boa. Agora, um estudo descobriu que os benefícios vão além: seguir a dieta mediterrânea oferece menor risco de declínio cognitivo.
O estudo que fez essa associação foi publicado na revista Molecular Nutrition and Food Research e fornece novas evidências para a compreensão de como certos alimentos impactam na saúde cognitiva da população idosa. Frutas, vegetais, peixes, grãos, cereais, oleaginosas (como nozes e castanhas), um pouco de azeite e de laticínios. É basicamente esta a dieta mediterrânea.
Ela recebe esse nome porque é baseada nos hábitos alimentares das populações que vivem em países no sul da Europa, às margens do Mar Mediterrâneo, como Portugal, Espanha, Itália, França e Grécia. Por isso, não há uma única versão deste padrão de alimentação.
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De modo geral, especialistas conhecem esta dieta como aquela repleta de comida de verdade. Dessa forma, há poucos embutidos, enlatados e alimentos ultraprocessados. E isso oferece diversos benefícios à saúde, como prevenção de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e redução do colesterol. Agora, evidências também indicam seus benefícios à cognição.
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Primeiramente, os pesquisadores desenvolveram o chamado “índice metabolômico dietético”, que consiste em analisar marcadores biológicos dos participantes do estudo que estão relacionados aos grupos alimentares que fazem parte da dieta mediterrânea.
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Para isso, eles selecionaram biomarcadores como o nível de ácidos graxos (gorduras) saturadas e insaturadas no sangue, além da presença de polifenóis na microbiota intestinal. Os polifenóis são substâncias ligadas à prevenção de doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e também do câncer. Dessa forma, tem um papel importante na longevidade.
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Com os marcadores biológicos selecionados, eles puderam identificar dois aspectos: provas de que aquela pessoa estava ingerindo grupos de alimentos da dieta mediterrânea e benefícios para a saúde da participante. Depois, aplicaram cinco testes neuropsicológicos ao longo de doze anos, a fim de estabelecer o comprometimento cognitivo dos participantes.
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Então, com todas essas informações em mãos, os cientistas analisaram a associação dos biomarcadores com o comprometimento cognitivo de cada indivíduo. Como resultado, o estudo revela uma associação protetora entre a pontuação da dieta mediterrânea com base e o declínio cognitivo em pessoas idosas.
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Descobrimos que a adesão à dieta mediterrânea está inversamente associada ao declínio cognitivo de longo prazo em pessoas idosas”, explica Alba Tor-Roca,, autora do estudo.
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Fonte: Giz Brasil