Adultos têm um braço preferido para carregar bebês e a ciência sabe qual
Estudo realizado com 765 participantes concluiu que 75% dos adultos carregam bebês em braço que não é dominante, entenda
Por Bárbara Giovani
Certos hábitos são replicados na rotina de maneira automática, sem que a pessoa pense no motivo de executá-los. Um exemplo é a maneira como as pessoas seguram bebês no colo. Agora, um estudo publicado na revista Infancy buscou compreender se existe algum padrão para isso.
Para a pesquisa, cientistas realizaram testes com 765 pessoas entre quatro e 86 anos, entre elas destras e canhotas. A análise foi feita utilizando um método de escala contínua.
De acordo com os resultados, três em cada quatro pessoas seguram bebês no braço mais fraco, ou seja, naquele que não é dominante. Isso significa que quem é destro, costuma carregar um neném no braço esquerdo; já os canhotos seguram no braço direito.
Mas por que? Existem algumas teorias. Segundo os autores do estudo, há diversas teorias sobre o motivo deste padrão existir. Em geral, eles acreditam que muitas pessoas buscam segurar bebês do lado esquerdo do corpo, porque é onde fica o coração.
Dessa forma, o som dos batimentos cardíacos podem acalmar o neném, ou então conectá-lo mais intimamente ao adulto. Além disso, os pesquisadores alegam que humanos percebem sons mais rapidamente com o ouvido esquerdo que o direito.
Isso porque os sinais da esquerda são enviados para o hemisfério direito do cérebro, que é especializado em interpretar emoções e rostos. Assim, as pessoas conseguem obter informações sobre o estado emocional do bebê de maneira mais rápida.
Há também uma teoria que explica esse hábito de forma mais intuitiva. Nela, pessoas carregam bebês com seu braço não dominante para ficarem livres para executar outras tarefas ao mesmo tempo. Por exemplo, posar para fotos ou conversar com amigos e familiares. Então, basicamente, fazem isso porque é mais conveniente.
No entanto, os dados do novo estudo são válidos apenas para a explicação do padrão entre quem carrega bebês. Quando eles crescem, dados indicam que indivíduos preferem segurá-los no braço dominante, que é mais forte, uma vez que as crianças são mais pesadas.
Fonte: Giz Brasil