Criança pode tomar café? Pediatra revela
Descubra se o consumo de café é liberado para os pequenos
Por Juliany Rodrigues
É mais do que normal que as crianças tenham curiosidade em experimentar o café, uma bebida que faz parte da rotina de muitos pais e mães. Mas, afinal, qual seria o momento ideal para introduzi-lo à alimentação dos pequenos? A Academia Americana de Pediatria (AAP) afirma que o consumo do café não é indicado para menores de 12 anos. Segundo a Drª Aline Magnino, diretora médica do Prontobaby, as crianças reagem de forma diferente ao café em comparação aos adultos, mesmo quando ingerem a mesma quantidade.
Em 2022, ocorreu o National Conferece & Exhibition, da Academia Americana de Pediatria (AAP), onde o Prof. Mark R. Corkins, membro do comitê de nutrição da AAP assegurou que as crianças não são pequenos adultos”, inicia a especialista. “Por serem menores em tamanho corporal, é preciso de uma quantidade menor de cafeína para prejudicar a homeostase corpórea. O excesso da substância pode causar aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, além de contribuir para o aparecimento do refluxo ácido, favorecer a ansiedade e distúrbios do sono”, completa ela.
Em doses regulares, a cafeína pode trazer efeitos negativos à saúde até mesmo de adolescentes. “Pode interferir no desenvolvimento neurocognitivo, influenciar o sistema cardiovascular, causar dependência e intoxicação”, comenta a Drª Aline.
Portanto, segundo a pediatra, o melhor é que crianças menores de 12 anos fiquem longe de café e outros produtos com a substância, por exemplo, chá preto, chá branco, refrigerante do tipo cola e bebidas esportivas isotônicas. “Em adolescentes entre 12 e 18 anos, a ingestão deve ser limitada a menos de 100mg, por dia. Podemos exemplificar que uma xícara de chá pode ter até 47mg de cafeína, enquanto um refrigerante cola diet possui cerca de 46mg”, revela.
E as versões descafeinadas?
Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o café é considerado descafeinado quando o teor de cafeína é igual ou inferior a 0,1% e 0,3% para produtos solúveis. Nesse sentido, a Dra. Aline chama atenção para o fato de que essas versões não são totalmente isentas de cafeína e não devem ser consumidas de maneira regular ou exagerada.
Sabe-se atualmente que a cafeína antagoniza os receptores de adenosina e potencializa a neurotransmissão dopaminérgica, comportando-se como estimulador do sistema nervoso central e periférico, e, assim, proporcionando a redução do sono e da fadiga. Entretanto, o seu uso em períodos vespertinos e noturnos altera o sono, além de poder alongar a latência e diminuir a eficácia e duração do mesmo”, conclui.
Fonte: Terra