Os desafios da Educação Inclusiva no Brasil — Parte II


Quando falamos em desafios na educação inclusiva nos deparamos com vários reveses que afetam o engajamento da educação inclusiva no Brasil, mas antes vamos entender melhor alguns conceitos o que é Inclusão: É a capacidade de os seres humanos entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós.
Exclusão: quando não entendemos a possibilidade de convivência do outro. Portanto, é sobre a adoção de meios e ações que combatam a exclusão na vida em sociedade. A exclusão escolar ocorre quando o acesso à educação é negado e, por isso, as minorias têm dificuldades de matricular seus filhos a uma vaga. Em grande parte dos casos, organizações trazem em seu posicionamento uma certa dificuldade em suas infraestruturas ou culturas para acolher a diversidade.

Segregação: ocorre quando alguns alunos são separados ou simplesmente não possuem o mesmo acesso e direitos que os demais membros da escola em outro ambiente, infelizmente ainda existe no ambiente escolar.
Integração: Quando a pessoa com deficiência começou a ter acesso à classe regular, desde que se adaptasse e não causasse nenhum transtorno ao contexto escolar, começamos a presenciar a fase de integração na linha do tempo da educação inclusiva. A integração e a permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais no ambiente escolar, que estão relacionadas às deficiências associadas às condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais.

São necessárias ações de inclusão como:
• Cotas em universidades públicas e concursos públicos para negros e indígenas oriundos de escolas públicas e para estudantes de escolas públicas em geral;
• Inclusão de deficientes físicos ou portadores de atrasos cognitivos em escolas regulares;
• Programas de assistência social a pessoas de baixa renda e pessoas em situação de vulnerabilidade social, como moradores de rua; para que seus filhos tenham acesso à educação;
• Programas de profissionalização de jovens oriundos de famílias carentes;
• Acessibilidade para portadores de necessidades especiais, como cegos, surdos e cadeirantes, em espaços públicos ou espaços coletivos geridos pela iniciativa privada, além da acessibilidade em calçadas e passarelas do passeio público.

Um dos desafios abordados nessa segunda parte é a resistência de algumas famílias que temem incluir o seu filho em uma escola regular, já que antigamente esses alunos tinham espaço para estudar apenas nas escolas especiais. Diante desse contexto, temos um longo caminho na inclusão escolar para que seja implementada em sua totalidade. Por isso, o Governo, as instituições de ensino e as famílias precisam trabalhar juntos em prol de um mesmo objetivo para que esse processo tenha sucesso, neutralizando a desmotivação das famílias e assim conscientizando-os a superar essa resistência é, primordial, pois a falta de motivação familiar pode atrasar a adoção de práticas inclusivas e dificultar a criação de um ambiente verdadeiramente desenvolvedor.

No entanto, a falta de comunicação e de envolvimento dos familiares dificulta o progresso da educação inclusiva. É de suma importância considerar a inter-relação de todas essas redes que constitui o contexto da vida escolar da criança. Quando o esclarecimento da inclusão não fica clara para a família em relação a filosofia da escola e de seus objetivos é de fundamental importância uma relação dialógica que se estabeleça em base de aceitação de princípios. Isso evita muitos mal-entendidos, falsas expectativas e exigências descabíveis em relação a inclusão.

Portanto precisa-se esclarecer a respeito da capacidade intelectual, linguagem, atividade motora, desenvolvimento neurológico e outros fatores que estão inseridos na inclusão da criança. Apoio e orientação aos familiares, é fundamental para que as famílias conheçam e possam desempenhar o papel de defender os seus direitos e promover o desenvolvimento de seus filhos de maneira assertiva. As famílias também, necessitam do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para o cuidado de sua saúde mental, emocional e física.

Se observa que nessa caminhada são muitas as renuncias e os desafios enfrentados dentro do contexto familiar. Não há como negar, que a família tem papel importante junto com, o Estado e a Sociedade caminhando juntos combatendo todas as formas de preconceitos e discriminação, construindo um mundo mais inclusivo que permita aos alunos inclusivos mostrar todo seu potencial relacionado a aprendizagem educacional. Com a certeza de que seus filhos estão em boas mãos e de que o sistema de aprendizado é realmente eficaz, promovendo o exercício da cidadania e o respeito à diversidade.
