Saúde

Injeções de insulina podem ser substituídas por novo método

Novo método seria alternativa para quem possui diabetes e não é muito fã das injeções que precisam ser aplicadas diariamente

Por Leandro Costa Criscuolo

Pessoas diabéticas por vezes ficam insatisfeitas pela frequência que precisam passar pelo procedimento invasivo que é tomar injeções com insulina. Essa realidade pode mudar, após especialistas desenvolverem um novo método de administração de insulina em que os usuários apenas colocam algumas gotas debaixo da língua.
O estudo, conduzido por cientistas da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), desenvolveu um novo sistema que ainda pode ser chamado de insulina oral, apesar de não ser engolido pelo paciente. O procedimento consiste em administrar a insulina em forma de gotas colocadas debaixo da língua, um método conhecido como administração sublingual, útil para medicamentos que não sobrevivem ao estômago.

O procedimento é eficaz porque o tecido sob a língua contém muitos capilares, permitindo que a droga se difunda rapidamente na corrente sanguínea. Normalmente, esse método não funcionaria bem com a insulina porque é uma molécula grande que não consegue passar facilmente pelas células. Para resolver essa questão, a equipe combinou a insulina com um peptídeo de penetração celular (CPP), feito de subprodutos de peixe, que torna as células mais porosas.

Pense nisso como um guia que ajuda a insulina a navegar por um labirinto para chegar rapidamente à corrente sanguínea”, disse o Dr. Jiamin Wu, pesquisador do estudo. “Este guia encontra as melhores rotas, tornando mais fácil para a insulina chegar onde precisa”.

Testes com gotas de insulina se mostraram positivos
• Durante a pesquisa, a equipe científica testou a técnica em ratos.
• Quando combinada com CPP, a insulina atingiu com sucesso a corrente sanguínea e controlou os níveis de glicose no sangue tão bem quanto a insulina administrada por injeção.
• Sem o peptídeo guia, a insulina tendia a ficar presa na mucosa da boca.
Os pesquisadores trabalham atualmente no licenciamento da tecnologia para parceiros comerciais.

Fonte: Olhar Digital

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