Política

A Semana no Brasil e no Mundo — Lula responsabiliza ‘organizador’ da manifestação de 7/9, na Avenida Paulista, por onda de incêndios no Brasil

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (17/9), sem mencionar nomes, que uma “pessoa muito importante” na organização das manifestações de 7 de Setembro, na Avenida Paulista, utilizou expressões como “vamos botar fogo no Brasil” e “o Brasil vai pegar fogo”. A declaração foi feita durante a abertura de uma reunião no Palácio do Planalto com os representantes dos Três Poderes para discutir as queimadas que assolam o país. A informação é do site Metrópoles.
“É importante não deixar de dizer que uma pessoa muito importante na convocação do ato de setembro na Avenida Paulista utilizou a palavra: ‘vamos botar fogo no Brasil’, ou ‘o Brasil vai pegar fogo’. Uma coisa mais ou menos assim. Isso tem na internet, algumas coisas, vocês podem ver”, disse Lula, referindo-se às manifestações que pediram o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O ato na Paulista, que contou com a participação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve entre seus organizadores o pastor Silas Malafaia, que usou a expressão “vai pegar fogo” ao convocar as pessoas para os protestos nas redes sociais. Na época, os manifestantes pediam, além do impeachment de Moraes, a defesa de pautas conservadoras e contrárias ao STF.

A reunião, convocada por Lula, tinha como objetivo discutir a crise ambiental e as queimadas que estão se espalhando pelo Brasil, especialmente na Amazônia e no Pantanal. Estavam presentes o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, além de diversos ministros do governo. (Fonte: Hora Brasília)


Congressistas protocolam projeto de lei nos EUA que pode barrar Alexandre de Moraes no país

(Foto: Getty Images)

Um projeto de lei foi apresentado no Congresso dos Estados Unidos que pode ter como alvo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Protocolado pelos deputados republicanos Maria Elvira Salazar e Darrell Issa, o projeto prevê que qualquer autoridade estrangeira que promova censura contra cidadãos americanos seja impedida de entrar nos EUA.

O foco da proposta, segundo os congressistas, seria a atuação de Moraes, que determinou a suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil em algumas ocasiões, uma decisão vista como uma violação dos direitos do bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma e cidadão americano. Musk, que também comanda empresas como SpaceX e Starlink, nasceu na África do Sul, mas detém cidadania americana.

Em seu site oficial, a deputada Maria Elvira Salazar afirmou: “O ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, é a vanguarda de um ataque internacional à liberdade de expressão contra cidadãos americanos como Elon Musk”.

A proposta do Congresso americano surgiu em meio às tensões envolvendo Moraes, que tem sido alvo de críticas por parte de apoiadores de Jair Bolsonaro, devido às suas decisões no combate à desinformação e à disseminação de discursos de ódio nas redes sociais. O projeto de lei, caso aprovado, poderá criar um precedente para que autoridades estrangeiras que adotem medidas consideradas como censura a cidadãos americanos, como Musk, sejam barradas de entrar nos Estados Unidos. (Fonte: Hora Brasília)


Governo Lula estuda confisco de terras por incêndios criminosos

(Foto: Getty Images)

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou que o governo Lula está estudando medidas legais para confiscar terras de responsáveis por incêndios criminosos. A declaração foi feita durante a Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB), realizada no Rio de Janeiro. Segundo a ministra, o governo avalia a aplicação de leis semelhantes às usadas em casos de trabalho análogo à escravidão, onde a terra é confiscada e retorna ao controle do Estado.

Marina Silva destacou a necessidade de endurecer as punições, afirmando que “quem fez a queima criminosa haverá de pagar”. Atualmente, 32 inquéritos foram abertos para investigar incêndios criminosos em todo o Brasil. Ela também alertou sobre a aliança entre a criminalidade e as mudanças climáticas, que têm agravado o cenário de queimadas no país.

Além disso, a ministra abordou a seca que atinge 25 estados brasileiros, afetando 100% do território de nove deles, e ressaltou a criação da Autoridade Climática, anunciada como uma medida robusta para enfrentar as mudanças climáticas de maneira duradoura, independentemente de futuras mudanças de governo. (Fonte: Hora Brasília)


“Kamala deve se concentrar no que deixou de fazer nos últimos quatro anos”, diz Trump ao afirmar que não irá a novos debates

(Foto: Getty Images)

O ex-presidente Donald Trump anunciou nesta, através da rede social Truth, que não participará de um novo debate contra a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, sua adversária na corrida presidencial de 2024. Trump afirmou ter vencido o primeiro debate realizado no dia 10 de setembro e disse que uma nova disputa seria apenas uma “revanche” para Harris.

“Quando um pugilista perde uma luta, a primeira coisa que ele pede é uma revanche. As pesquisas mostram claramente que ganhei o debate contra a camarada Kamala Harris, candidata da esquerda radical dos democratas, e ela imediatamente pediu um segundo debate”, escreveu o ex-presidente.
Após o debate promovido pela ABC News, a equipe de Kamala Harris declarou que a candidata democrata estava pronta para um segundo confronto. Trump, no entanto, rejeitou a ideia e afirmou: “Kamala deve se concentrar no que deixou de fazer nos últimos quatro anos. Não haverá um terceiro debate”. (Fonte: Hora Brasília)


Governo Lula deve confiscar dinheiro de brasileiros em contas bancárias

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Com uma manobra intensificada na madrugada do último dia 12, à 1h49, a Câmara dos Deputados concluiu a aprovação do projeto que prevê a reoneração gradual da folha de pagamentos de 17 setores da economia. A proposta autoriza o governo a confiscar recursos tidos como ‘esquecidos’ em contas bancárias.
Já aprovado pelo Senado, o texto segue para sanção de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que poderá vetar partes ou a totalidade do projeto. Caso haja vetos, a decisão final caberá ao Congresso. Se o projeto for sancionado, os titulares do chamado ‘dinheiro esquecido’ terão apenas 30 dias após a publicação da norma para resgatar os valores. Após esse prazo, os recursos serão direcionados ao Tesouro Nacional.

Uma vez que os saldos forem transferidos para o Tesouro, o Ministério da Fazenda publicará no Diário Oficial da União (DOU) um edital com a relação dos valores recolhidos, informando a instituição depositária, a agência, a natureza e o número da conta. O edital também fixará um prazo de 30 dias, a partir da data de sua publicação, para que os titulares dos recursos contestem o confisco.

Decorrido esse prazo, os valores não contestados serão incorporados definitivamente ao Tesouro Nacional, passando a ser contabilizados como receita primária, válidos para os cálculos da meta de resultado primário — a diferença entre o que o governo arrecada e o que gasta — conforme previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Os titulares dos recursos incorporados ao Tesouro terão um prazo de seis meses, a partir da publicação do edital do Ministério da Fazenda, para requerer judicialmente o reconhecimento de direito aos depósitos. Ainda sem detalhamento, o projeto afirma que os recursos repassados à União poderão ser reclamados junto aos bancos até 31 de dezembro de 2027.

Na semana passada, o Banco Central divulgou que há R$ 8,56 bilhões classificados como ‘esquecidos’, disponíveis para resgate através do Sistema de Valores a Receber (SVR). A oposição, em reação, tenta travar a medida, comparando-a a uma manobra ‘à la Collor’, similar ao confisco de recursos promovido pelo governo Fernando Collor de Mello. Um dos principais críticos do projeto foi o deputado Marcel Van Hattem (Novo-SP). (Fonte: Conexão Política)


Assembleia Nacional da França aprova debate sobre destituição de Macron

(Foto: Getty Images)

O gabinete da Assembleia Nacional da França, composto por 22 deputados, decidiu na tarde de terça-feira (17) debater uma proposta de destituição do presidente Emmanuel Macron, do partido Renascimento, de centro. A medida foi aprovada com 12 votos a favor e 10 contra, após ser apresentada pelo partido de esquerda França Insubmissa, em resposta à rejeição de Macron à nomeação de Lucie Castets para o cargo de primeira-ministra.

A proposta também recebeu apoio da coalizão de esquerda Nova Frente Popular, da qual o França Insubmissa faz parte. Agora, a proposta será encaminhada para análise da Comissão Jurídica da Assembleia Nacional e, em seguida, será levada ao plenário. Mathilde Panot, líder parlamentar da França Insubmissa, celebrou a aprovação em uma publicação no X, antigo Twitter, chamando o episódio de um “acontecimento sem precedentes na história da 5ª República” e convocou a população para um ato contra Macron no dia 21 de setembro.
Gabriel Attal, ex-primeiro-ministro e líder parlamentar do Renascimento, classificou a proposta de destituição como “uma declaração de guerra contra as instituições” francesas.

Marine Le Pen, líder do partido de direita Reagrupamento Nacional (RN), comentou no X que a medida é uma “cortina de fumaça da extrema-esquerda” para disfarçar supostos compromissos com o partido governista, acrescentando que a proposta “não tem chance de sucesso” devido às divisões na esquerda.
Em 5 de setembro, Macron havia nomeado Michel Barnier, dos Republicanos, centro-direita, como novo primeiro-ministro, encerrando um impasse de semanas após as eleições legislativas. A escolha do novo premiê foi complicada pela fragmentação da Assembleia Nacional, onde nenhuma coalizão conseguiu a maioria absoluta.

A Nova Frente Popular, que surpreendeu ao sair vitoriosa do segundo turno das eleições em julho, assegurou 182 cadeiras e defendia a nomeação de Lucie Castets como primeira-ministra, escolha que Macron rejeitou alegando necessidade de manter a estabilidade institucional. A recusa levou a NFP a acusar o presidente de abuso de poder, argumentando que a decisão desrespeitava o resultado das eleições legislativas. (Fonte: Gazeta Brasil)


Moraes ordena diligências após retorno do X sem desbloqueio

(Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou a realização de diligências para investigar o retorno parcial do X para alguns usuários no Brasil. A rede social, bloqueada desde o final de agosto por ordem do próprio Moraes, voltou a ser acessível de forma limitada nesta quarta-feira (18), surpreendendo muitos usuários.

O bloqueio do X foi determinado em 30 de agosto, após a plataforma não cumprir ordens judiciais que exigiam a remoção de perfis e postagens com mensagens criminosas e ataques à democracia. A decisão foi ratificada pela 1ª Turma do STF. Recentemente, o ministro também ordenou a transferência de R$ 18,35 milhões das contas da X Brasil Internet Ltda. e da Starlink Brazil Serviços de Internet Ltda. para os cofres da União, como parte das sanções aplicadas à empresa de Elon Musk.

De acordo com a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), o retorno parcial do X no Brasil foi viabilizado por uma atualização que envolveu o uso de um “proxy reverso” fornecido pela empresa americana Cloudflare. Esse serviço, projetado para proteger plataformas contra ataques cibernéticos, complicou o bloqueio da rede social, uma vez que o Cloudflare atende a milhões de sites globalmente, dificultando a restrição de acesso.

O X voltou a ser acessado por usuários tanto em smartphones quanto na versão web, incluindo o próprio STF, que utiliza o servidor da instituição. Contudo, o acesso permanece limitado, e a rede social ainda enfrenta sanções, inclusive a exigência de nomear um representante legal no Brasil, algo que Elon Musk ainda não fez. (Fonte: Hora Brasília)


Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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