A Semana no Brasil e no Mundo — Pacheco declara apoio à reeleição de Lula e critica proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), declarou apoio à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, destacando o potencial do petista de atrair alianças amplas, incluindo partidos como União Brasil, Republicanos e Progressistas. Em entrevista ao portal UOL, Pacheco afirmou que, se a economia estiver forte, Lula poderá consolidar um apoio multipartidário, tornando-se a escolha “natural” em 2026. “Se a decisão fosse hoje, eu apoiaria Lula”, afirmou, ressaltando que o presidente tem uma figura “agregadora” e que pode unir forças em torno de sua candidatura.
Para o senador, os resultados das recentes eleições municipais mostram que os eleitores estão se distanciando da polarização, o que, segundo ele, beneficia candidatos de perfil conciliador. Ele acredita que partidos de centro-direita, como o próprio PSD, cresceram em influência e poderão manter um eleitorado mais moderado, enquanto Lula é visto como um nome que pode atrair diversos setores políticos.
Pacheco também abordou a discussão sobre a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, rechaçando qualquer medida que trate o tema com “leniência”. Ele classificou os atos como uma tentativa de “fragilizar a democracia” e enfatizou a necessidade de responsabilização.
Foi grave e aviltante. O 8 de janeiro não foi um passeio no parque”, declarou. Segundo ele, é fundamental que os envolvidos sejam processados e, se considerados culpados, punidos conforme a lei.
Respeito a discussão sobre anistia, mas não tenho opinião formada ainda. Vou aguardar o posicionamento da Câmara para que o Senado possa definir sua posição”, afirmou Pacheco, sinalizando cautela na condução do tema.
Ele frisou que qualquer decisão deve considerar as consequências do ataque para a estabilidade democrática no país. (Fonte: Hora Brasília)
Venezuela anuncia retirada de embaixador no Brasil

Nos últimos dias, o cenário diplomático entre Brasil e Venezuela tem se tornado cada vez mais tenso. A origem desse atrito está ligada à tentativa da Venezuela de ingressar no bloco econômico dos Brics, um grupo que busca promover cooperação entre nações emergentes. A rejeição dessa entrada pelo Brasil, segundo o governo venezuelano, configurou uma “agressão” e “hostilidade” e o país decidiu retornar seu embaixador.
O governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, sentiu-se desrespeitado pelo posicionamento do Brasil e convocou seu embaixador em Brasília, Manuel Vadell, para consultas. Essa decisão foi comunicada oficialmente pelo Ministério das Relações Exteriores da Venezuela nesta quarta (30), que expressou seu descontentamento com o tratamento recebido do governo brasileiro.
A figura central desse desentendimento é Celso Amorim, assessor de assuntos internacionais de Luiz Inácio Lula da Silva. O governo venezuelano criticou duramente Amorim, chegando a classificá-lo como um “mensageiro do imperialismo norte-americano”, devido à sua postura em relação à entrada da Venezuela nos Brics.
Essa crítica indica que o governo Maduro vê em Amorim um representante de interesses estrangeiros, o que agrava a tensão diplomática. Além disso, tal percepção sugere uma desconfiança em relação ao papel do Brasil no contexto internacional, principalmente em questões que envolvem alinhamentos políticos estratégicos. (Fonte: Terra Brasil Notícias)
Câmara aprova projeto que retira do TSE a centralização da apuração de votos

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, na última terça-feira (29), um projeto de lei que propõe devolver aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) a responsabilidade pela apuração dos votos, atualmente centralizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A proposta, de autoria da deputada Caroline de Toni (PL-SC), presidente da comissão, foi aprovada com 31 votos favoráveis, três contrários e oito abstenções. Com a decisão, o texto agora segue para votação no plenário da Câmara.
O projeto tem como objetivo descentralizar a totalização dos votos, que desde 2020 é feita exclusivamente pelo TSE, sob justificativa de “segurança cibernética e economia de recursos”. Segundo Caroline de Toni, a descentralização pode trazer maior transparência e fortalecer a confiança no sistema eleitoral, ao permitir que a apuração ocorra regionalmente, aproximando o processo dos eleitores de cada estado.
A parlamentar argumenta que o modelo anterior, no qual os TREs conduziam a apuração localmente, torna o sistema menos vulnerável, dividindo responsabilidades e facilitando a fiscalização em cada região. Críticos, no entanto, alertam que o retorno ao modelo descentralizado pode aumentar a complexidade e os custos operacionais.
O projeto ainda precisa ser discutido e votado pelo plenário da Câmara dos Deputados, onde é esperado que provoque intensos debates sobre a segurança e a eficiência do sistema eleitoral brasileiro em um cenário de crescente desconfiança sobre os processos de votação e apuração de votos. (Fonte: Hora Brasília)
Sites de apostas colocam Trump como favorito

As eleições presidenciais nos Estados Unidos não são apenas um evento político crucial, mas também um terreno fértil para as casas de apostas. Conforme a tensão aumenta, as odds para os candidatos se tornam um ponto de interesse tanto para apostadores quanto para analistas políticos. Elas oferecem uma visão das expectativas públicas e previsões sobre quem poderá sair vitorioso.
O ex-presidente Donald Trump, que busca retornar à Casa Branca, recentemente ultrapassou a vice-presidente Kamala Harris nas odds das casas de apostas. Este desenvolvimento chamou a atenção de muitos, principalmente após uma análise revelada pelo Wall Street Journal que destacou um aumento nas apostas em favor de Trump, especialmente em plataformas de aposta com criptomoedas como a Polymarket.
Atualmente, Trump é visto como o favorito por algumas casas de apostas, como a BetOnline, onde as odds são de –200 para Trump contra +170 para Harris. Este cenário destaca-se, sobretudo, em estados considerados críticos para a decisão do pleito, como Nevada, Arizona e Geórgia, onde o desempenho do ex-presidente pode ser determinante para o resultado final.
O pessimismo para Kamala Harris e, por extensão, o Partido Democrata, reflete-se ainda em outros estados como Michigan, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin. Esses estados swing são tradicionalmente vistos como determinantes devido ao seu histórico de alternância entre partidos nas votações eleitorais. As odds nas casas de apostas têm historicamente servido como um barômetro para medir sentimentos e expectativas em torno das eleições. De fato, desde 1866, apenas duas vezes o candidato com as melhores odds não venceu as eleições. Contudo, as apostas não são infalíveis, com exemplos notáveis de surpresas como em 2016, quando Trump derrotou Hillary Clinton, apesar de ela ser a favorita segundo as odds.
É importante notar que essas odds refletem não apenas a viabilidade dos candidatos, mas também o nervosismo e as expectativas variáveis do público e analistas quanto aos fatores que podem influenciar a eleição. Elas oferecem uma combinação de análise estatística, percepções sociais e psicologia de apostas que juntas formam uma imagem do que muitos acreditam que irá acontecer. (Fonte: Terra Brasil Notícias)
PT tenta construir narrativa de vitória em meio a fracos resultados municipais

Após os resultados das eleições municipais de 2024, lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) buscaram apresentar o desempenho da legenda como positivo, mesmo diante do que analistas apontam como o pior resultado da sigla em disputas locais. Em uma reunião no dia seguinte ao pleito, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, debateu os desdobramentos das eleições, destacando o “bom momento econômico” e o trabalho do governo federal como fatores que, segundo eles, ajudaram na reeleição de aliados.
Para Padilha, houve um “tsunami da reeleição” que favoreceu prefeitos que já estavam no cargo, como Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, e manteve o controle de algumas prefeituras por aliados. Ele também celebrou o retorno do PT ao comando de Fortaleza com a eleição de Evandro Leitão, que teve o apoio do ministro Camilo Santana, da Educação. O ministro ainda ressaltou o “momento econômico favorável” e os “pagamentos recordes de emendas” como aspectos que beneficiaram candidaturas próximas ao governo. Contudo, especialistas observam que a narrativa do PT contrasta com os números reais, já que o partido perdeu espaço e viu derrotas significativas em várias cidades estratégicas.
Apesar dos esforços para ressaltar vitórias pontuais, o PT sofreu reveses expressivos. Em Olinda (PE), por exemplo, o vereador Vinícius Castello (PT) foi derrotado pela candidata Mirella Almeida (PSD), revertendo uma vantagem que o partido considerava consolidada. Em Anápolis (GO), o ex-prefeito Antônio Gomide (PT), que liderava as pesquisas, também foi superado por Márcio Corrêa (PL), candidato apoiado pelo bolsonarismo. Além disso, em Caucaia (CE), cidade na região metropolitana de Fortaleza, o candidato do PT foi derrotado por um adversário do PSD.
Essas perdas revelam uma fragilidade do partido em consolidar apoio em municípios de médio porte e em regiões onde esperava um desempenho superior. No Rio Grande do Sul, o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) foi derrotado pelo vice-prefeito Rodrigo Decimo (PSDB) em Santa Maria, mesmo após liderar boa parte da campanha. Em Sumaré (SP), o candidato petista Willian Souza perdeu para um concorrente dos Republicanos, expondo a dificuldade do partido em ampliar sua base fora dos grandes centros. (Fonte: Hora Brasília)
2.500 homens armados contra o crime: o cerco brutal que está sufocando El Salvador

Operação, anunciada pelo presidente Nayib Bukele através das redes sociais, visa “extrair até o último membro de gangue da área”
Por Rafael Cavacchini
Em El Salvador, em uma demonstração de força sem precedentes, mais de 2.000 soldados e 500 policiais cercaram o bairro populoso de San Marcos, nos arredores de San Salvador. A operação, anunciada pelo presidente Nayib Bukele através das redes sociais, visa “extrair até o último membro de gangue da área”, de acordo com declaração presidencial divulgada pela Associated Press.
De acordo com o ministro da Defesa, René Francis Merino Monroy, a polícia estabeleceu um cerco militar ao redor do bairro. Os policiais implementaram postos de controle estratégicos. Esta é a terceira operação do tipo em San Salvador, seguindo um padrão de cercos anteriores que visavam desmantelar facções como a Barrio 18, demonstrando uma escalada nas táticas de contenção.
Imagens divulgadas pelo governo mostram soldados fortemente armados patrulhando as ruas e verificando documentos de identidade dos moradores. De acordo com o ministro da Justiça e Segurança, Gustavo Villatoro, a operação visa “continuar destruindo a economia criminosa”.
O estado de emergência, em vigor desde março de 2022, já resultou na detenção de aproximadamente 83 mil membros de gangues. Grupos de direitos humanos têm expressado preocupação com as condições das prisões. Além disso, alegam que muitos dos detidos são inocentes ou possuem apenas laços superficiais com as gangues, conforme reportado pela AFP.
Apesar das críticas, as medidas implementadas por Bukele resultaram em uma queda significativa nos homicídios, conquistando amplo apoio popular. As gangues Barrio 18 e MS-13, que historicamente controlavam grandes áreas do país através de extorsão e violência, sofreram duros golpes durante esta campanha de repressão. (Fonte: Revista Sociedade Militar)