A Semana no Brasil e no Mundo — Governo cria escritórios do Ministério da Cultura e entrega comando a petistas em nome da ‘defesa da democracia’, diz Estadão
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) implementou uma rede de escritórios estaduais do Ministério da Cultura em todos os 26 estados e no Distrito Federal, empregando 80 servidores. Segundo O Estado de S. Paulo, muitos desses cargos foram ocupados por membros ou aliados do PT, gerando acusações de apadrinhamento político.
Esses escritórios têm a missão de influenciar a seleção de ONGs que formarão comitês culturais estaduais, parte de uma iniciativa que prevê o investimento de R$ 58,8 milhões na “difusão cultural” nos próximos dois anos. Embora o Ministério da Cultura afirme que os indicados são selecionados por sua experiência no setor, a filiação partidária tem levantado suspeitas.
A reportagem revela que, dos 26 escritórios, 19 são comandados por petistas, enquanto outros chefes possuem vínculos políticos relevantes, mesmo sem filiação oficial. No Paraná, Loana Campos, chefe do escritório, tem forte ligação com João Paulo Mehl, articulador petista que coordena o comitê estadual. A ONG Soylocoporti, ligada a Mehl, assinou um convênio com o ministério logo após a nomeação de Campos, o que alimentou as críticas de favorecimento.
No Amazonas, o Instituto de Articulação de Juventude da Amazônia (Iaja), que lidera o comitê cultural, tem como diretor Ruan Octávio da Silva Rodrigues, filiado ao PT. Após a ONG firmar o convênio, Rodrigues foi nomeado coordenador do escritório estadual, aumentando os questionamentos sobre o processo de escolha.
A oposição no Congresso Nacional reagiu com pedidos de investigação. O senador Rogério Marinho (PL-RN) e o deputado Luciano Zucco (PL-RS) solicitaram que o Tribunal de Contas da União (TCU) apure se os princípios constitucionais de moralidade, legalidade, impessoalidade e eficiência estão sendo respeitados.
Em defesa, o Ministério da Cultura reitera que as nomeações se baseiam em qualificações técnicas, e não em filiação partidária. A pasta argumenta que os escritórios e comitês culturais são essenciais para “enraizar valores democráticos” e reforçar o direito à cultura, como prometido por Lula durante a campanha de 2022. O caso levanta um debate sobre a fronteira entre a gestão cultural e a influência política, destacando a necessidade de transparência no uso de recursos públicos para evitar favoritismos e garantir a imparcialidade na promoção de políticas culturais. (Fonte: Hora Brasília)
Líderes internacionais, incluindo Macron e Netanyahu, enviam felicitações a Trump pela vitória
Líderes internacionais rapidamente expressaram seus parabéns a Donald Trump pela vitória na reeleição presidencial, antecipadamente à confirmação oficial da vitória através dos 270 delegados necessitados. Na última atualização sobre este assunto, Trump ainda precisava de mais quatro delegados para garantir a vitória definitiva. Chefes de estado de países como Israel, França, Itália e Ucrânia já manifestaram suas congratulações ao republicano.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, expressou suas felicitações no X (antigo Twitter), enfatizando a importância da vitória de Trump como um novo começo para os Estados Unidos e reforçando a forte aliança entre Israel e os EUA. Comentários semelhantes vieram do presidente francês Emmanuel Macron, que reiterou a disposição para trabalhar com Trump em prol da paz e prosperidade.
Além de Netanyahu e Macron, outros líderes também expressaram seus bons desejos. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, destacou a forte aliança entre Itália e Estados Unidos, desejando sucesso a Trump. Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, por sua vez, comentou sobre a abordagem de Trump para paz através da força, expressando esperança em uma paz justa na Ucrânia.
Mesmo antes da confirmação oficial, Donald Trump fez um discurso para seus apoiadores. Durante o evento, ele agradeceu o apoio recebido e se comprometeu a lutar por uma América forte. Ele ressaltou os obstáculos superados e prometeu continuar batalhando até garantir melhores condições de vida para os cidadãos americanos e suas famílias. (Fonte: Terra Brasil Notícias)
Inflação dos alimentos dispara em outubro, impulsionada por altas na carne e soja
A inflação dos alimentos em São Paulo registrou a maior taxa mensal deste ano, alcançando 1,34% em outubro, conforme dados divulgados, na segunda-feira (4), pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Esse valor supera a média histórica de 0,8% para o período e reflete pressões significativas nos preços de produtos básicos.
O principal fator de alta foi a carne bovina, que subiu 3,15% no mês. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço do boi gordo disparou para R$ 320 a arroba, impulsionado pela menor oferta de gado e exportações recordes. Em outubro, as exportações de carne bovina in natura atingiram 236 mil toneladas, um aumento de 27% em relação ao mesmo período de 2023, com uma elevação de 40% na média diária de vendas, gerando receitas de US$ 1,1 bilhão, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Outras carnes também tiveram exportações em alta: a carne de frango in natura subiu 13% em volume, com receitas 22% maiores, enquanto as exportações de carne suína cresceram 37% em volume e 57% em receitas. Além das carnes, a inflação foi impactada pelos preços do café, do óleo de soja e da laranja. O café enfrenta pressões de alta devido a problemas climáticos no Brasil e no Vietnã, que podem comprometer as safras futuras, afetando os preços no varejo.
O óleo de soja também pesa no orçamento dos consumidores. Com uma quebra de safra no Brasil e aumento da demanda interna, especialmente pela mistura de biodiesel, o produto acumula uma alta de 12% só neste ano. A situação contrasta com 2013, quando o preço caiu 28% em razão de valores mais baixos no mercado externo. De 2019 a 2022, o óleo de soja teve uma elevação de 164% nos supermercados.
Já o suco de laranja acumula uma alta de 91% desde janeiro do ano passado. Problemas como doenças e mudanças climáticas continuam afetando os pomares brasileiros, maiores produtores globais, sem sinais de alívio nos preços, segundo a Fipe. Esses aumentos, movidos tanto por fatores internos como climáticos quanto por dinâmicas de exportação, complicam ainda mais o cenário para o consumidor brasileiro, que segue enfrentando alta nos preços de itens essenciais. (Fonte: Hora Brasília)
Em pé de guerra, Venezuela acusa Brasil de violar Carta da ONU e “se fazer de vítima”
A recente crise diplomática envolvendo Brasil e Venezuela ganhou novos contornos após declarações contundentes de ambos os lados. A troca de acusações teve início após alegações do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que publicou uma nota em repúdio a ameaças feitas pela Polícia Nacional venezuelana em redes sociais. Tais publicações foram consideradas pelo Itamaraty como “ofensivas”, o que desencadeou uma resposta forte do governo de Nicolás Maduro.
A chancelaria venezuelana rebateu as alegações brasileiras, afirmando que o Brasil estaria agindo como “vitimizadores”, em contradição com os princípios da Carta da ONU. Este episódio é mais um capítulo em uma série de desentendimentos que abalaram as relações diplomáticas entre os dois países, já tensas desde controvérsias anteriores.
Com a escalada de tensões, a comunidade internacional observa com preocupação a deterioração das relações entre Brasil e Venezuela. A principal questão que gera apreensão é a suposta violação da soberania nacional e a autodeterminação dos povos, princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas, que tanto Brasil quanto Venezuela são signatários. A postura do Itamaraty e do governo de Nicolás Maduro tem sido amplamente discutida em fóruns diplomáticos e análises especializadas.
Há questionamentos sobre como as posições adotadas podem impactar não só os laços bilaterais, mas também a dinâmica regional. Enquanto o Brasil critica a falta de transparência nas eleições venezuelanas e a postura agressiva do governo Maduro, a Venezuela vê as ações brasileiras como intervenções indevidas em seus assuntos internos.
Um recentemente desencadeador do aumento das tensões foi o veto do Brasil à entrada da Venezuela nos Brics, uma decisão pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, conforme reportagens. O bloco econômico, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, visa fortalecer as economias emergentes, e a entrada de novos membros requer consenso entre os existentes. A reprovação brasileira à admissão da Venezuela foi recebida com descontentamento por Caracas, que acusou o Itamaraty de conspirar contra seus interesses. (Fonte: Terra Brasil Notícias)
Bolsonaro poderá ir à posse de Trump?
Em outubro, uma decisão relevante tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) tornou-se notícia em todo o Brasil. O passaporte de Jair Bolsonaro foi retido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, gerando diversas repercussões políticas e jurídicas. Esta medida foi confirmada pela Primeira Turma do STF, que manteve a decisão de restringir a movimentação internacional do ex-presidente.
O contexto dessa decisão envolve investigações conduzidas pela Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado e a suposta venda irregular de joias recebidas por Bolsonaro em viagens internacionais. Dada a gravidade das acusações, as autoridades judiciais consideraram pertinente a apreensão do passaporte para garantir a continuidade das investigações e evitar qualquer tentativa de fuga do país.
Segundo o STF, o principal motivo por trás da apreensão do passaporte de Jair Bolsonaro é garantir a integridade e fluidez das investigações sob sua responsabilidade. O Supremo diz que há alegações de envolvimento em tentativas de usurpação do poder legítimo e irregularidades relacionadas com presentes adquiridos em missões fora do país. A decisão visa impedir que Bolsonaro estabeleça contato com outros investigados e, eventualmente, altere provas ou dificulte o trabalho da Justiça.
A manutenção da retenção do passaporte por parte do STF coloca Jair Bolsonaro em uma posição complicada tanto do ponto de vista jurídico quanto político. Ele somente poderá viajar para eventos internacionais, como a posse de Donald Trump prevista para janeiro, caso o Supremo Tribunal altere sua posição atual. Esta situação pode impactar seus planos políticos e sua capacidade de articular apoios internacionais ou participar de eventos que reforcem sua imagem pública.
Em suma, o cenário ainda é incerto para Jair Bolsonaro. A decisão do Supremo Tribunal Federal traz implicações significativas que exigem cautela e estratégia, tanto por parte de sua defesa quanto do próprio tribunal, no interesse da Justiça e da sociedade brasileira. Acompanhar de perto as movimentações no STF será essencial para entender os desdobramentos deste caso no futuro próximo. (Fonte: Terra Brasil Notícias)
Milei define que filmes argentinos só terão subsídios se atingirem número mínimo de espectadores
Por John Lucas
O governo do presidente Javier Milei decidiu, nesta terça-feira (5), que os filmes produzidos na Argentina para plataformas digitais só receberão subsídios estatais se alcançarem pelo menos 10 mil espectadores. Por meio de um decreto presidencial publicado no Diário Oficial, o governo proibiu o Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (INCAA) de conceder subsídios antecipados e sem compensação aos produtores de filmes que não são exibidos em cinemas, mas por meio de plataformas digitais de streaming.
A partir de agora, em vez de subsídios antecipados, o INCAA concederá créditos aos produtores e, se uma vez lançado o filme atingir um número mínimo de espectadores, eles obterão um subsídio estatal com o qual poderão pagar parte do empréstimo. No caso de filmes transmitidos por streaming, terão de comprovar pelo menos 10 mil reproduções nas plataformas para ter acesso a um subsídio.
O porta-voz da presidência, Manuel Adorni, disse em entrevista coletiva que os subsídios antecipados recebidos pelos produtores foram, em média, de US$ 50 mil para cada filme, que, em muitos casos, nem chegaram a estrear. “Esse recurso deu origem a um banquete de pagamentos antecipados para filmes que ninguém viu ou que muitas vezes não foram feitos”, argumentou o porta-voz.
Adorni comentou que a medida adotada por Milei, que a desde dezembro de 2023 aplica um forte ajuste fiscal, visa parar de financiar filmes com audiências muito baixas. De acordo com dados divulgados pelo INCAA, em 2023 foram concedidos subsídios a 236 filmes, dos quais apenas quatro superaram 100 mil espectadores, enquanto 13 ultrapassaram 10 mil, cem não atingiram mil espectadores, quatro não atingiram 20 e um teve apenas quatro espectadores.
Até agora, neste ano, 40 filmes financiados pelo INCAA foram lançados com menos de mil espectadores. Adorni destacou outras medidas adotadas anteriormente para reduzir a estrutura do INCAA, que foram alvo de protestos de muitos representantes da indústria cinematográfica argentina. De acordo com o porta-voz, o número de funcionários do INCAA foi reduzido de 700 para 350, quatro aluguéis de prédios usados pela organização foram cancelados, despesas “supérfluas” foram eliminadas e a estrutura de cargos políticos foi reduzida.
Adorni disse que essas medidas permitiram que o INCAA passasse de um déficit em suas contas de US$ 2 milhões para um superávit de US$ 4 milhões.
Segundo dados do Sindicato da Indústria Cinematográfica Argentina, o setor emprega 28.565 pessoas, com 79 longas-metragens de ficção produzidos em 2023.
O número de salas de cinema abertas ao público é de 288, e foram lançados 484 títulos no ano passado, dos quais 238 foram produzidos na Argentina. Os cinemas da Argentina receberam 43,1 milhões de espectadores no ano passado, dos quais 3,1 milhões assistiram a produções nacionais. (Fonte: Gazeta do Povo)