Mais um fim
(Foto: Domínio Público)
Arrasta-se o ano
Pelas vias
Inexoráveis do
Tempo
Singra nos mares
Da incerteza
De um mundo
Cada vez mais
Agitado
Abre campos
E caminhos,
Arrasta multidões,
Dores, sonhos e
Correntes e
Cadáveres
Fecha ciclos
E abre portas
E portais,
Enquanto
Consome
A tudo e a
Todos como é
De sua natureza
E para
A decepção
De muitos,
Arrasta-se o ano
Para mais um fim
Do mundo que
Nunca se acaba
E o terrível
Deus Cronos,
Mesmo do
Tártaro, dá
Risada e
Caçoa da larga
Ignorância humana,
Enquanto devora
Tudo o que está
Ao seu alcance