Os casais mais bem-sucedidos têm três coisas em comum: fazem sempre estas duas coisas e nunca esta outra
Para um relacionamento saudável e duradouro, psicólogos revelam três comportamentos essenciais que fazem toda a diferença
Por Livia D’Ambrosio
Você sabe qual é o segredo para um relacionamento que resiste ao tempo? Existem vários motivos para que isso aconteça, mas só o amor não é suficiente. Por mais romântico que pareça, esse sentimento, sozinho, não sustenta um casamento ou namoro. Segundo os pesquisadores e psicólogos John e Julie Gottman, que estudaram nada menos que 40 mil casais ao longo de duas décadas, há três fatores decisivos que separam os casais que permanecem juntos daqueles que não resistem às tempestades da vida a dois.
A boa notícia? Duas dessas práticas podem ser aplicadas no dia a dia, e a outra envolve evitar um comportamento que é possível controlar. Veja quais são:
1. O que os casais mais bem-sucedidos fazem: reparos
Quando pensamos em “reparar” algo em um relacionamento, a imagem que vem à mente pode ser a de consertar algo quebrado. Mas, para os psicólogos John e Julie Gottman, reparar um relacionamento não é sobre grandes gestos ou pedidos elaborados de desculpas. Trata-se de pequenas ações que mostram ao outro: “ainda estamos juntos, mesmo que discordemos”.
Uma tentativa de reparação pode ser tão simples quanto oferecer um café no meio de uma discussão ou fazer uma piada leve para quebrar o clima tenso. Como explica Julie Gottman, até mesmo gestos pequenos durante uma briga são maneiras de lembrar que, apesar do conflito, ainda existe amor e respeito.
Essas ações não resolvem a briga imediatamente, nem eliminam a frustração, mas evitam que a negatividade saia do controle. Elas transmitem uma mensagem clara: “você continua sendo importante para mim, mesmo quando estamos em desacordo.” No fundo, os casais bem-sucedidos sabem que manter a conexão viva durante os altos e baixos é o verdadeiro segredo para fazer o amor durar.
2. Eles expressam positividade
Todo casal enfrenta conflitos — isso é inevitável. Mas, segundo John Gottman, o que diferencia os casais que prosperam daqueles que se afastam é a forma como equilibram essas tensões com interações positivas. Os Gottmans descobriram uma proporção mágica: para cada interação negativa durante uma discussão, devem existir cinco interações positivas. Essa regra é um dos pilares de relacionamentos saudáveis.
E não estamos falando de grandes declarações de amor no meio da briga. Pequenos gestos, como um sorriso, um toque na mão ou até uma piada para aliviar a tensão, fazem toda a diferença. Os casais que continuam juntos a longo prazo conseguem expressar carinho mesmo nos momentos de conflito, demonstrando que, apesar da discordância, o respeito e a conexão emocional permanecem firmes.
Por outro lado, interações negativas — como revirar os olhos, criticar ou adotar uma postura defensiva — têm um impacto muito mais profundo e duradouro. Por isso, equilibrar a balança com demonstrações de positividade é essencial. Um simples “eu entendo” ou “vamos resolver isso juntos” pode transformar o clima de um conflito, criando uma ponte onde poderia haver um abismo.
3. O que eles nunca fazem: usam frases de sinalização
No calor do momento, é tentador soltar frases como “você nunca me escuta” ou “eu sempre faço tudo sozinho(a)”. No entanto, os casais mais bem-sucedidos evitam esse tipo de linguagem porque sabem que essas frases, conhecidas como frases de sinalização, são um caminho certo para a desconexão. Segundo os Gottmans, expressões como “nunca” e “sempre” criam uma atmosfera de crítica que pode minar até os relacionamentos mais fortes.
O problema com essas frases não é apenas a acusação direta, mas também a ideia implícita de que o parceiro deveria adivinhar nossas necessidades. Esperamos que percebam nossos desejos sem dizê-los claramente e, quando isso não acontece, reagimos com insinuações negativas. O resultado? Frustração dos dois lados.
Mas há uma alternativa simples e eficaz: a reformulação. Em vez de dizer “nunca fazemos nada juntos”, experimente algo como “eu adoraria sair para ver um filme com você; adoro esses momentos a dois”. Essa abordagem não só comunica o desejo de forma clara, mas também evita que o outro se sinta atacado ou culpado.
Fonte: MinhaVida