Casos de ansiedade em crianças disparam no Brasil
(Foto: Freepik)
No total, juntando crianças e adolescentes, o número de atendimentos de casos de ansiedade no SUS subiu mais de 2.200% em 10 anos
O Ministério da Saúde divulgou um levantamento preocupante. Em 10 anos, os atendimentos relacionados a transtornos de ansiedade no Sistema Único de Saúde (SUS) de crianças e adolescentes dispararam no Brasil. O trabalho leva em conta os dados do período entre 2014 e 2024. Segundo especialistas, a exposição prolongada a dispositivos eletrônicos pode estar contribuindo para a deterioração da saúde mental dos mais jovens.
Especialistas explicam que passar muito tempo no celular, por exemplo, a interação e o contato social dos mais novos. Além disso, o conteúdo consumido nas redes sociais pode ser maléfico para a formação de caráter, bem como prejudicar o sono e a qualidade do descanso, agravando problemas emocionais.
Os números brasileiros comprovam o que já vem sendo alertado por organismos internacionais. Um estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), feito junto com a Universidade John Hopkins dos Estados Unidos e publicado no Journal of Adolescent Health, apontou que um em cada sete adolescentes entre 10 e 19 anos enfrenta algum tipo de problema de saúde mental.
A pesquisa ainda destacou que um terço dos jovens apresenta os primeiros sintomas antes dos 14 anos, mas a maioria dos casos o problema não é detectado nem tratado. Além disso, dados indicam que as condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e lesões nesse grupo.
Números aumentaram entre crianças e adolescentes
✓ De acordo com a pesquisa, foram 1.850 atendimentos de crianças entre 10 e 14 anos em 2014.
✓ Dez anos depois, o número subiu para 24.367, um crescimento de mais de 1.200%.
✓ Já entre os adolescente de 15 a 19 anos, foram 1.534 casos em 2014 e 53.514 no ano passado.
✓ Neste público, o aumento foi de mais de 3.300%.
✓ No total, juntando crianças e adolescentes, o número de atendimentos de casos de ansiedade no SUS disparou mais de 2.200%.
Fonte: Olhar Digital
