Política

A Semana no Brasil e no Mundo — Europa se prepara para guerra com guias e simulações de sobrevivência

Países europeus intensificam medidas de preparação civil diante de crescentes tensões com a Rússia

Por Sophie Tanno
Guias de sobrevivência, estocagem e simulações de retirada. A Europa está se apressando para preparar seus cidadãos para a crescente ameaça de conflito chegando às suas fronteiras. Várias nações europeias têm oferecido orientações sérias nos últimos meses — imaginando garagens e estações de metrô transformadas em bunkers e promovendo preparação psicológica.
Uma mensagem predominante é a necessidade de uma mudança na mentalidade da população para estar pronta para a guerra. Como o Secretário-Geral da Otan, Mark Rutte, disse a especialistas em segurança em Bruxelas em dezembro: “é hora de mudar para uma mentalidade de guerra”.

Líderes europeus temem que o presidente russo, Vladimir Putin, encorajado pelos ganhos na Ucrânia, possa tentar avançar mais no continente, enquanto os Estados Unidos, aliado poderoso e de longa data da Europa, adota uma postura mais hostil à manutenção da segurança europeia, levantando dúvidas sobre até que ponto estaria disposto a intervir caso um país da Otan fosse invadido. Mas há dúvidas sobre quão eficazes esses planos de contingência realmente seriam e, além disso, se os civis levarão as orientações a sério.

A Comissão Europeia orientou todos os cidadãos a estocar alimentos suficientes e outros suprimentos essenciais para sustentá-los por pelo menos 72 horas em caso de crise. Em orientação divulgada em março, a comissão enfatizou a necessidade de a Europa fomentar uma cultura de “preparação” e “resiliência”.
Países também estabeleceram suas próprias orientações para emergências, incluindo conflitos. Em junho do ano passado, a Alemanha atualizou sua diretriz para Defesa Global, dando direções sobre o que fazer em caso de conflito na Europa. O documento prevê a transformação completa da vida cotidiana dos cidadãos alemães em caso de guerra.

A Suécia emitiu um guia de sobrevivência intitulado “Se Vier Crise ou Guerra”. O folheto foi distribuído a milhões de residências em novembro, após ser atualizado pela primeira vez em seis anos devido ao aumento dos níveis de ameaça militar. O folheto instrui os suecos sobre como os avisos seriam emitidos em caso de guerra, incluindo um sistema de alerta externo que, segundo ele, está operacional na maioria das áreas.

Para a Finlândia, que compartilha uma fronteira de 1.340 quilômetros com a Rússia — a mais longa de todos os estados-membros da Otan — a defesa de sua soberania contra Moscou faz parte da psique do país há muito tempo. O governo finlandês tem se preparado para a possibilidade de um conflito com a Rússia há décadas. Desde os anos 1950, a construção de abrigos antibomba sob blocos de apartamentos e edifícios comerciais é obrigatória.

O ministério do Interior de Helsinque também emitiu novas orientações de crise em novembro, aconselhando sobre como se preparar para longos cortes de energia, interrupções no abastecimento de água e nas telecomunicações, eventos climáticos extremos e conflitos militares. (Fonte: CNN Brasil)


O perigoso jogo de Hugo Motta no caso Carla Zambelli

(Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Por Wilson Lima
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem se notabilizado por encontrar soluções curiosas para situações igualmente inusitadas. Na noite de terça-feira (10), Motta afirmou com todas as letras — ao responder a um questionamento do deputado André Fernandes (PL-CE) em plena sessão de votação — que caberá ao plenário da Câmara selar o destino de Carla Zambelli (PL-SP), parlamentar condenada a dez anos de prisão pelo STF e que está foragida na Itália.

“O Plenário é que tem a legitimidade desta Casa e ele decide para onde a Casa vai. Ele é soberano e está acima de cada um de nós”, disse Motta. “Eu não fui notificado sobre a prisão, por isso não a trouxe ao Plenário. Fui notificado sobre o bloqueio dos vencimentos”, acrescentou ele.

Antes que a frase seja interpretada como uma declaração de guerra ao STF é importante que se diga o seguinte: levar o caso a plenário não significa necessariamente um salvo-conduto para a deputada. Muito pelo contrário. São poucos os parlamentares que morrem de amores por Zambelli. Inclusive alguns integrantes da bancada do PL que, assim como Jair Bolsonaro, ainda responsabilizam a “cosplay” de Kate Marrone pela derrota no pleito de 2022.

A questão que se coloca, no entanto, é que, ao jogar para o plenário a confirmação de uma perda de mandato — uma jurisprudência já pacificada pelo STF — Motta abre margem para proteger parlamentares do Centrão que temem o destino das investigações do Supremo sobre as emendas parlamentares. E, aí sim, poderemos ter uma bela de uma crise institucional. (Fonte: O Antagonista)


Crusoé: Rússia prende opositor que criticou invasão à Ucrânia

Lev Shlosberg foi acusado de “desacreditar” os militares russos após “pedido de cessar-fogo” (Foto: Reprodução)

A ditadura de Vladimir Putin prendeu o opositor Lev Shlosberg, membro do partido liberal Yabloko, sob a acusação de “desacreditar” os militares por pedirem um cessar-fogo nesta terça-feira (10). Ele é um dos últimos políticos críticos do regime russo que ainda reside no país. Em janeiro, Shlosberg descreveu a guerra como um “xadrez sangrento”. “Primeiro, precisamos parar de matar pessoas. Se alcançarmos a paz, recuperaremos a liberdade”, afirmou em vídeo.

Uma audiência na quarta-feira (11), decidiu alguma medida preventiva contra ele. O ex-parlamentar, de 61 anos, é uma figura de destaque no Yabloko, um dos poucos partidos de oposição ainda legalmente ativos na Rússia. Ele foi detido após autoridades revistarem sua casa e a de seu pai, um idosos de 96 anos, além do escritório do partido em Pskov, uma cidade próxima à fronteira com a Estônia.

Shlosberg negou ter autorizado a publicação do polêmico vídeo que motivou sua prisão. Durante a ocupação da Crimeia, em 2014, o opositor criticou abertamente a ação russa no território, até então pertencente à Ucrânia. Shlosberg se tornou incômodo ao Kremlin. Como consequência, ele perdeu o seu assento na assembleia regional de Pskov após publicar um artigo em jornal alegando que paraquedistas russo morreram em uma operação militar clandestina no leste. (Fonte: O Antagonista)


“567 casas serão entregues em São Carlos-SP na gestão Tarcísio de Freitas”, afirma Rômulo Rippa

(Foto: Instagram/Reprodução)

A cidade de São Carlos deu um importante passo rumo à realização do sonho da casa própria para centenas de famílias. O município sediou o grande Feirão da Casa Paulista, uma parceria entre o governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura Municipal que promete transformar a vida de muitas pessoas. Durante o evento, 567 famílias receberam cheques do programa Casa Paulista, um subsídio financeiro que torna possível a aquisição da casa própria.

Representando o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, Rômulo Rippal destacou a importância da ação. “Foram quase 200 negócios fechados em um único dia. Isso mostra que, quando o Estado e o município trabalham juntos, quem ganha é o povo”, afirmou Rippa, em vídeo publicado nas redes sociais.

O Feirão foi realizado com o apoio da Secretaria Municipal de Habitação de Interesse Social, da Prohab e de três construtoras parceiras, contando também com o empenho do prefeito Netto Donato. A iniciativa facilita a compra de imóveis por famílias de baixa renda, que passam a contar com o subsídio estadual para tornar o financiamento mais acessível.

Além da entrega dos cheques, o evento simbolizou o fortalecimento da parceria entre governo estadual e municipal. Segundo o secretário, essa ação integra o compromisso da gestão Tarcísio de Freitas de garantir moradia digna, qualidade de vida e esperança para milhares de paulistas. “É uma felicidade imensa poder ajudar tantas famílias a saírem do aluguel e conquistarem seu lar. Moradia digna, parceria que funciona, sonhos realizados. Esse é o compromisso do Governo do Estado de São Paulo”, concluiu Rippa. A expectativa é que as casas sejam entregues até o final de 2026. (Fonte: Hora Brasília)


Musk recua e diz que exagerou em críticas a Trump

Bilionário reconheceu que “foi longe demais” em postagens contra o presidente dos EUA (Foto: Getty Images)

Por Alexandre Borges
Elon Musk admitiu, nesta quarta-feira (11), que passou do limite em algumas de suas postagens contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma publicação feita às 4h04 em sua conta oficial na rede social X, o empresário escreveu: “me arrependo de algumas das minhas postagens sobre o presidente Donald Trump na semana passada. Elas foram longe demais”.

A declaração ocorre após dias de acusações mútuas. Musk iniciou a briga ao criticar o projeto de lei orçamentária proposto por Trump, conhecido como “One Big Beautiful Bill”, que amplia cortes de impostos e, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso, pode aumentar a dívida federal dos EUA em US$ 2,4 trilhões (R$ 13,8 trilhões) em dez anos.

Musk classificou o texto como “abominável” e incoerente com a promessa republicana de responsabilidade fiscal. Trump respondeu ameaçando cancelar subsídios e contratos federais com empresas ligadas a Musk, como Tesla e SpaceX. O empresário, por sua vez, intensificou os ataques, chegou a pedir o impeachment do presidente e o associou ao escândalo sexual envolvendo Jeffrey Epstein — publicação posteriormente apagada.

A crise afetou diretamente os negócios de Musk. As ações da Tesla chegaram a cair 14% e analistas financeiros alertaram para os riscos de retaliações em contratos bilionários com o governo. A retratação desta quarta-feira é vista como tentativa de conter danos políticos e financeiros, especialmente em um momento em que a SpaceX depende de contratos de R$ 20 bilhões com a Nasa. Musk não especificou quais postagens motivaram o arrependimento, mas fontes próximas citadas pela imprensa americana indicam que o bilionário buscou encerrar a crise sem ampliar o desgaste com a Casa Branca.

(Fonte: O Antagonista)


Crusoé: “Lula vai também conceder asilo à corrupta Kirchner?”

(Foto: Instagram/Cristina Kirchner)

O senador Sérgio Moro (União-PR) questionou, nesta quarta-feira (11), se Lula (PT) irá conceder asilo diplomático a ex-presidente argentina Cristina Kirchner, condenada a seis anos de prisão por corrupção, assim como fez com a ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia, condenada a 15 anos de prisão em seu país por lavagem de dinheiro. “Mais uma liderança da esquerda condenada por corrupção na América Latina. Lula vai também conceder asilo à corrupta Kirchner?”.

A Suprema Corte da Argentina confirmou, por unanimidade, na terça-feira (10), a condenação de Cristina Kirchner. Os três juízes da instância máxima do tribunal argentino rejeitaram um recurso apesentado pela defesa de Cristina e mantiveram a proibição perpétua de exercer cargos públicos.

Aos 72 anos, a ex-presidente deve cumprir pena em prisão domiciliar e não poderá concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa da Província de Buenos Aires. Em novembro de 2024, a Câmara de Cassação havia ratificado a condenação da ex-presidente, considerando comprovada a administração fraudulenta durante seu governo ao favorecer o empresário Lázaro Báez com várias obras públicas na província de Santa Cruz. O tribunal decidiu que Báez retribuía os benefícios recebidos através de acordos ilícitos envolvendo empresas ligadas à ex-presidente. (Fonte: O Antagonista)


Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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