Comportamento & Equilíbrio

Por que os hobbies são importantes para o cérebro?

Entenda como atividades manuais podem estimular as suas faculdades perceptivas, trazendo inúmeros benefícios a saúde mental

Por Simone Cordeiro

Costumamos usar tanta tecnologia no dia a dia, que acabamos estimulando pouco uma parte fundamental da nossa saúde: a mente! Afinal, com tantos dispositivos “facilitadores” inseridos na rotina, pouco forçamos nossas faculdades perceptivas. No entanto, quem tem acumulado hobbies ao longo da vida, está no caminho certo, pois esses, por sua vez, são importantes para manter o cérebro ativo.
Muito além do que praticar jardinagem, pintar um livro com desenhos infantis ou montar um quebra-cabeça, a verdade é que manter um hobbie ou mais contribui para estímulos cognitivos genuínos. Segundo o neurologista Dr. Diogo Haddad em entrevista ao site do Hospital Oswaldo Cruz, os hobbies ativam áreas do cérebro relacionadas à memória, atenção e coordenação motora, o que também favorece o equilíbrio emocional. Confira a seguir, mais evidências sobre a importância dos hobbies para o cérebro!

Na era do Bobbie Goods, que ocupa as três primeiras posições de livros mais vendidos na Amazon no Brasil, uma coisa é certa, os brasileiros têm adotado mais apreço pelas atividades manuais. Mas muito além dos livros de colorir, a busca por hobbies aumentou em razão dos seus inúmeros benefícios importantes para o cérebro. Uma vez que tais atividades promovem relaxamento, alívio do estresse e bem-estar mental.

Sobretudo, evidências científicas também reforçam a importância de manter algum hobbie ao longo da vida. É o que ficou claro no estudo publicado na revista PLOS One em maio de 2025. A pesquisa revelou que a curiosidade pode aumentar com a idade — especialmente a chamada “curiosidade situacional”, despertada por temas específicos.

(Foto: Freepik)

Os pesquisadores analisaram mais de 1.200 pessoas entre 20 e 84 anos e descobriram que, ao contrário do que se pensava, o interesse por aprender coisas novas tende a crescer após a meia-idade. Além disso, os autores também destacam que o envolvimento em hobbies significativos está diretamente ligado a esse aumento da curiosidade, além de contribuir para o bem-estar emocional e a saúde cognitiva.

Felicidade que precisa ser conquistada
De acordo com Ana Carolina Souza, neurocientista e sociedade da Nêmesis à Folha de São Paulo, os hobbies são diferentes de prazeres momentâneos (que trazem dopamina rápida). Segundo a especialista, no caso dos hobbies, existe um termo denominado por “felicidade eudaimônica”, que necessita de esforço para ser conquistada.

Afinal, montar um quebra-cabeça, ler um livro e fazer jardinagem, por exemplo, são hobbies que exigem mais do nosso cérebro. Dessa forma, ganhamos no equilíbrio bioquímico, ao contrário do que acontece quando somos exacerbadamente estimulados por vídeos nas redes sociais. Ou seja, para cultivar um bem-estar duradouro — integrado ao dia a dia e não apenas como um alívio momentâneo — vale apostar em experiências que gerem prazer profundo e contínuo: os hobbies!

Fonte: Olhar Digital

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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