A chave

Logo cedo nas
Primeiras horas
Do dia eu a encontrei
Caída num canto
Era uma chave
Antiga, um mero
Objeto singelo
Jogado no chão
Ou esquecido por
Alguém distraído
Com certeza
Um artefato útil,
Porém negligenciado
Por algum guarda
Do templo
Tentei trabalhar
E seguir minha
Rotina, mas não
Consegui, foi inútil
Passei horas
Tentando imaginar
Ou descobrir
De onde seria
Aquela chave
Mas, que bobagem
Tola, parece até
Coisa de aposentado
Ou gente desocupada
Que não tem mais
O que fazer
Mas, afinal,
De contas de
Onde seria
Tal chave?
Talvez de um
Lugar secreto,
Escondido ou
Esquecido
Talvez a chave
Do tesouro de
Uma arca
Enterrada
Talvez,
A chave da
Porta de um
Lugar mágico
Ou santo
Talvez, a chave
De um coração
Que cansado de
Amar e não ser
Amado se trancou
E a jogou fora
Talvez de um
Lugar encantado
Cheio de livros,
Palavras e poemas
Doces que curam e
Elevam a alma
Quiçá, uma
Biblioteca antiga
Cheia de poemas
Clássicos, romances
Medievais, contos
E crônicas poesias,
Amor, ternura e paz
Ou talvez, seja
Mesmo mais uma
Das inúmeras
Chaves perdidas
Por aí que não nos
Levam a lugar algum













