Cultura

A chave

Logo cedo nas
Primeiras horas
Do dia eu a encontrei
Caída num canto

Era uma chave
Antiga, um mero
Objeto singelo
Jogado no chão
Ou esquecido por
Alguém distraído

Com certeza
Um artefato útil,
Porém negligenciado
Por algum guarda
Do templo

Tentei trabalhar
E seguir minha
Rotina, mas não
Consegui, foi inútil

Passei horas
Tentando imaginar
Ou descobrir
De onde seria
Aquela chave

Mas, que bobagem
Tola, parece até
Coisa de aposentado
Ou gente desocupada
Que não tem mais
O que fazer

Mas, afinal,
De contas de
Onde seria
Tal chave?

Talvez de um
Lugar secreto,
Escondido ou
Esquecido

Talvez a chave
Do tesouro de
Uma arca
Enterrada

Talvez,
A chave da
Porta de um
Lugar mágico
Ou santo

Talvez, a chave
De um coração
Que cansado de
Amar e não ser
Amado se trancou
E a jogou fora

Talvez de um
Lugar encantado
Cheio de livros,
Palavras e poemas
Doces que curam e
Elevam a alma

Quiçá, uma
Biblioteca antiga
Cheia de poemas
Clássicos, romances
Medievais, contos
E crônicas poesias,
Amor, ternura e paz

Ou talvez, seja
Mesmo mais uma
Das inúmeras
Chaves perdidas
Por aí que não nos
Levam a lugar algum

Mário Vieira

Mário Vieira

Capixaba, casado, autor e advogado

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