Internacional

Criatura bizarra e fatal aos cães é encontrada em praia australiana

Foto de animal marinho viralizou e chamou a atenção de especialistas, que identificaram a carcaça de uma lebre-do-mar, uma “lesma aquática” que libera toxinas quando ameaçada

Enquanto passeava pelo litoral de Fremantle, cidade no sudoeste da Austrália, um homem encontrou uma bizarra “criatura” em meio à calorosa paisagem. Surpreso, o rapaz postou uma foto em seu Facebook com a legenda: “Identifique essa coisa de aparência alienígena que apareceu na praia de Leighton”.
A publicação viralizou e várias pessoas comentaram. Uma sugeriu que o homem pegasse o animal com uma sacola plásica e jogasse fora. Outra especulou que se tratava de um “assassino de cães”. O que ninguém imaginava é que o animal fosse uma lebre-do-mar, como explica uma especialista em entrevista ao Yahoo News Australia.
O professor Culum Brown, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Macquarie, disse que a criatura produz corante púrpura quando alarmada. “Eles são levemente tóxicos, dependendo das algas que comem”, disse Brown.

Lebre-do-mar da espécie Aplysia californica liberando sua tinta (Foto: Wikimedia Commons)

Existem 23 espécies conhecidas de lebres-do-mar no Oceano Indo-Pacífico. Espécimes adultas podem pesar até 14 kg. Semelhante aos polvos, elas têm a capacidade de expelir uma tinta cheia de toxinas, mas usam-na mais como mecanismo de defesa do que para escapar das presas.
No final das contas, o internauta que comentou que a criatura era um “assassino de cães” não estava tão errado. Joshua Ovens, veterinário associado da Swans Veterinary Services, disse ao Esperance Express que, se você acredita que seu cachorro tenha comido uma lebre-do-mar, você deve entrar em contato com um veterinário imediatamente, pois as toxinas do animal marinho podem ser fatais.
“Em termos de sinais clínicos, se o seu cão lambeu ou comeu uma lebre-do-mar, eles tendem a babar excessivamente, podem sofrer espasmos musculares e começar a tremer, vomitar ou progredir para convulsões e possível morte, se receberem uma dose realmente grande”, disse o veterinário.
Comum em mares tropicais e temperados, além de costas litorâneas rasas e baías protegidas, o contato com o animal deve ser evitado.

Fonte: Galileu.com

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